São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

RECORDE NO REAL
A arroba do boi gordo atingiu o maior valor do Real ontem no Estado de São Paulo. Dificuldades na compra de gado pronto para abate por parte de alguns frigoríficos elevaram os preços da arroba para R$ 67, segundo levantamento de preços do Instituto FNP.

NÃO É O MAIOR
Apesar de ter atingido os maiores preços nominais ontem, a arroba do boi gordo, se corrigida pelo Índice Geral de Preços da FGV, ainda fica abaixo dos R$ 80 atingidos em 2004, diz José Vicente Ferraz, do Instituto FNP.

REPOSIÇÃO
Um dos motivos da alta é o encarecimento dos animais de reposição para engorda. Dados do IFNP mostram que, de maio de 2006 até agora, os bezerros de 6 a 8 meses subiram 41%, para R$ 450. No momento em que o pecuarista acreditar nessa dificuldade de reposição, os preços da carne vão subir mais, segundo Ferraz.

PREÇO DE EQUILÍBRIO
Apesar do aumento do valor dos animais, Ferraz diz que esses preços são apenas razoáveis e que só agora começam a dar um equilíbrio aos produtores. A estimativa é de mais alta para o boi. Há um processo de reposição de rebanho e o setor vai passar por oscilações, com o pico sendo atingido em 2009/10.

DESCONECTADO
As críticas dos principais dirigentes rurais à política agropecuária do presidente argentino Néstor Kirchner não se converteram em votos na eleição de domingo. Em praticamente todas as regiões dedicadas à pecuária e à produção de grãos houve ampla vantagem de Cristina Kirchner.

PERDAS NA VENDA
Pesquisa da Agroconsult indica que 43% da produção de café é vendida no período de julho a outubro de cada ano. Isso leva o setor a praticar os preços mais baixos do ano nesse período. Pressionados pelos custos da colheita, os produtores não têm outra opção, diz Jaime Payne, assessor do CNC.

SEGUINDO O MERCADO
A oferta menor de trigo continua no mercado externo, mas os negociadores já buscam outras razões para a alta do produto, Ontem, na Bolsa de Kansas, os traders atribuíam a alta da commodity às recuperações de preços do petróleo, ouro e Bolsas.

CLIMA AFETA
Apesar de as culturas de milho ainda não terem atingido o estado crítico devido à falta de chuva, os preços já começam a refletir o temor de possíveis problemas na produção, na avaliação de Leonardo Sologuren, da consultoria Céleres. Na semana passada houve aumento de preços.


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