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Oi diz que não há flexibilidade para compra da Brasil Telecom
EM SÃO PAULO
O presidente da Oi, Luiz
Eduardo Falco, disse ontem
que se a empresa não obtiver a
anuência prévia da Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações), até o dia 21 de dezembro, para comprar o controle acionário da Brasil Telecom, a multa de R$ 490 milhões à BrT por descumprimento do contrato de compra
será inevitável.
Anteontem, o presidente da
Anatel, Ronaldo Sardenberg,
disse que a previsão de multa
de R$ 490 milhões para a Oi
não lhe tira o sono, e que a
agência examinará a operação
"sem perder a dignidade".
Segundo Falco, o prazo para
o posicionamento da Anatel é
curto, mas, em 2003, ela aprovou a compra da Vésper pela
Embratel, em 33 dias. Disse que
a Oi entregou à Anatel, em
maio, as cópias dos contratos
assinados entre os acionistas
da BrT e da Oi, o que poderia
agilizaria a anuência prévia.
Questionado sobre se a queda das Bolsas de Valores não
tornou muito cara a compra da
BrT, ele disse que o valor acertado para as ações de controle
da BrT (R$ 5,8 bilhões) e as
condições de preço e de pagamento são inflexíveis.
"Não vejo a menor hipótese
de ser aberta qualquer negociação. Compramos pelo preço
máximo que poderíamos pagar
e era o mínimo que os vendedores aceitavam receber", disse.
A Anatel informou que pode
exigir contrapartidas e condicionantes para aprovar a fusão
das duas teles quando examinar o pedido de anuência prévia. Segundo Falco, dependendo do grau, as contrapartidas
poderiam matar a nova empresa no nascedouro.
Segundo o executivo, se a
Anatel não aprovar o negócio
antes de 21 de dezembro, a única hipótese de a Oi escapar da
multa de R$ 490 milhões seria
liminar judicial suspendendo a
aquisição. Segundo ele, não há
possibilidade de liminar nos
processos judiciais, contrários
à operação, que estão em curso.
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