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Usiminas tem bons resultados, mas vê "incertezas" para 2009
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE
O grupo Usiminas anunciou
ontem crescimento de 16% no
lucro líquido do terceiro trimestre de 2008, em comparação com o mesmo período de
2007, acumulando lucro de R$
2,4 bilhões no ano -elevação
de 8%. O sistema Usiminas, que
inclui a Cosipa, espera melhorar seus números até o fim do
ano, mas a partir de 2009 prevalecem as "incertezas".
As dúvidas podem levar o
grupo a adiar projetos de expansão, conforme dito ontem
em Nova York pelo seu principal executivo financeiro, Paulo
Penido Pinto Marques. Ele se
referia à dúvida sobre o crédito
escasso combinado com o plano de investir US$ 14,1 bilhões
para aumentar a produção de
aço e minério até 2012.
"Podemos acelerar [a implantação do plano], podemos
adiar um pouco. Podemos gerenciar a velocidade do investimento segundo a disponibilidade de financiamento", disse
Penido a investidores.
A Usiminas tem condições de
atravessar 2009 gastando no
ritmo estabelecido, mas será
cautelosa e acompanhará o
mercado, disse o executivo.
No comunicado com os resultados do trimestre emitido
ontem pela sede da Usiminas, o
presidente do grupo, Antônio
Castello Branco, mantém um
tom otimista ao dizer que "a
política austera e previdente de
gestão do caixa da empresa a
permite atravessar com segurança o atual momento de incerteza dos mercados".
"O financiamento do plano
de investimento, que colocará a
empresa em um novo patamar
de produtividade e lucratividade, se encontra bem estruturado e a velocidade de sua implantação pode ser facilmente
adaptada, de maneira a preservar a qualidade dos indicadores
da performance financeira da
companhia", afirmou ele.
Um "ritmo bem mais modesto para a expansão da demanda
interna de aços planos" em
2009 é esperado pela empresa,
o que a obrigará a fazer ajustes
operacionais para equilibrar
oferta e demanda.
Mas Castello Branco aponta
os "excelentes indicadores" da
economia brasileira como "fator decisivo nesse momento de
incertezas".
Apesar da indicação de ritmo
menor, ele destaca os "sólidos
fundamentos da economia brasileira" como meios para enfrentar as dificuldades, além
dos projetos de infra-estrutura
energética e de transporte, a
expansão da indústria e do
agronegócio e a retomada dos
negócios no setor naval.
A geração operacional de caixa (Ebitda, o lucro antes de juros, impostos, amortização e
depreciação) atingiu R$ 4,6 bilhões no ano, um crescimento
de 22% em relação aos nove
primeiros meses de 2007.
Com agência internacional
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