São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2008

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Usiminas tem bons resultados, mas vê "incertezas" para 2009

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O grupo Usiminas anunciou ontem crescimento de 16% no lucro líquido do terceiro trimestre de 2008, em comparação com o mesmo período de 2007, acumulando lucro de R$ 2,4 bilhões no ano -elevação de 8%. O sistema Usiminas, que inclui a Cosipa, espera melhorar seus números até o fim do ano, mas a partir de 2009 prevalecem as "incertezas".
As dúvidas podem levar o grupo a adiar projetos de expansão, conforme dito ontem em Nova York pelo seu principal executivo financeiro, Paulo Penido Pinto Marques. Ele se referia à dúvida sobre o crédito escasso combinado com o plano de investir US$ 14,1 bilhões para aumentar a produção de aço e minério até 2012.
"Podemos acelerar [a implantação do plano], podemos adiar um pouco. Podemos gerenciar a velocidade do investimento segundo a disponibilidade de financiamento", disse Penido a investidores.
A Usiminas tem condições de atravessar 2009 gastando no ritmo estabelecido, mas será cautelosa e acompanhará o mercado, disse o executivo.
No comunicado com os resultados do trimestre emitido ontem pela sede da Usiminas, o presidente do grupo, Antônio Castello Branco, mantém um tom otimista ao dizer que "a política austera e previdente de gestão do caixa da empresa a permite atravessar com segurança o atual momento de incerteza dos mercados".
"O financiamento do plano de investimento, que colocará a empresa em um novo patamar de produtividade e lucratividade, se encontra bem estruturado e a velocidade de sua implantação pode ser facilmente adaptada, de maneira a preservar a qualidade dos indicadores da performance financeira da companhia", afirmou ele.
Um "ritmo bem mais modesto para a expansão da demanda interna de aços planos" em 2009 é esperado pela empresa, o que a obrigará a fazer ajustes operacionais para equilibrar oferta e demanda.
Mas Castello Branco aponta os "excelentes indicadores" da economia brasileira como "fator decisivo nesse momento de incertezas".
Apesar da indicação de ritmo menor, ele destaca os "sólidos fundamentos da economia brasileira" como meios para enfrentar as dificuldades, além dos projetos de infra-estrutura energética e de transporte, a expansão da indústria e do agronegócio e a retomada dos negócios no setor naval.
A geração operacional de caixa (Ebitda, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) atingiu R$ 4,6 bilhões no ano, um crescimento de 22% em relação aos nove primeiros meses de 2007.


Com agência internacional


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