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Grupo fará 1ª refinaria não-ligada à Petrobras
Investidores
brasileiros e
estrangeiros
querem construir
refinaria de US$ 3
bilhões no Brasil; previsão é produzir em 2013
Empresa britânica tem
aprovação da autoridade
reguladora brasileira para
construir uma unidade de
refino perto de Aracaju
DA BLOOMBERG
Investidores britânicos, espanhóis, brasileiros e do Golfo
Pérsico pretendem construir
uma refinaria de US$ 3 bilhões
no Brasil, a primeira já montada no país por uma empresa
que não seja a estatal Petróleo
Brasileiro SA (Petrobras) em
cinco décadas.
A britânica South Atlantic
Refining Co. tem aprovação da
autoridade brasileira reguladora do setor petrolífero para
construir uma unidade de refino perto de Aracaju (SE), com
capacidade de processar 200
mil barris/dia de petróleo leve
ou pesado em diesel de baixo
teor de enxofre, lubrificantes e
nafta, disse David Wood, diretor operacional da empresa, em
entrevista por telefone.
A pretendida refinaria, com
início de produção previsto para 2013, ajudará a atender à demanda dos EUA e da Europa
por diesel com menos de 10
partes por milhão de enxofre,
um poluente corrosivo, disse
ele. Ela contribuirá para que o
Brasil reduza a dependência
das importações de nafta, usada na fabricação de plástico.
"Construir uma nova refinaria nos Estados Unidos ou na
Europa custaria cerca de 50%
mais do que no Brasil, supondo
que se obtenha aprovação ambiental para instalá-la", disse
Wood a partir de Londres. "O
financiamento ficou mais difícil devido à crise do crédito,
mas também estamos assistindo à queda dos custos potenciais de matérias-primas como
aço e engenharia."
As petrolíferas não constroem uma nova refinaria nos
Estados Unidos desde 1976 devido à regulamentação ambiental, à oposição local e às baixas
margens de lucro. A crise mundial do crédito derrubou bancos, encareceu a tomada de empréstimos e enrijeceu os critérios para a obtenção de crédito.
Os países do Golfo Pérsico
estão prontos para entrar com
a maior parte dos 600 milhões (US$ 776 milhões) em capital social para a construção
da refinaria, disse Wood, que
preferiu não identificar as nações. Ele prevê obter empréstimos do BNDES a fim de comprar equipamentos locais como tubulações e tanques.
Os fundos soberanos dos países do Golfo Pérsico deverão
fornecer recursos, disse ele.
Wood prevê processar petróleo bruto do Brasil, da África ou
do Oriente Médio, embora a
proximidade do petróleo da
plataforma continental brasileira torne o produto local a
matéria-prima mais provável.
A refinaria atenderá padrões
ambientais do Banco Mundial.
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