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Dificuldades esfriam projeto "bolsa-geladeira"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Anunciado em abril, o
"bolsa-geladeira" (troca de
geladeiras velhas por novas)
do governo federal está paralisado. O governo admite dificuldades no projeto.
"Não desistimos, porém
não temos desenho definitivo [para a política do programa]", disse o ministro Guido
Mantega (Fazenda).
"Nós paralisamos um pouco em razão da crise econômica", afirmou Edison Lobão (Minas e Energia).
Quando foi lançado, o programa tinha como meta trocar 10 milhões de geladeiras.
No fim de abril, Lobão anunciou que as geladeiras do
programa custariam aproximadamente R$ 500.
Na ocasião, o programa estava sendo planejado da seguinte forma: o consumidor
que quisesse trocar a geladeira teria o seu eletrodoméstico antigo recolhido. Sobre o
valor do produto novo, seria
concedido um desconto e haveria uma linha de crédito
para financiar a compra.
O governo, no entanto, não
conseguiu equacionar a logística: revendedoras deveriam levar as geladeiras velhas provenientes das trocas
para uma empresa especializada em retirar o gás CFC e
revender a carcaça a uma
usina de reciclagem.
Atualmente, algumas distribuidoras de energia já fazem programas de troca.
Elas usam parte da verba que
legalmente é destinada à
área de pesquisa para promover a troca.
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