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IGP-M de novembro atingiu 5,19%, segundo a FGV; em termos reais, esse índice superou todos os investimentos
Inflação bate todas as aplicações neste mês
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A inflação bateu todas as aplicações em novembro. Nem a Bolsa
de Valores, destaque de outubro,
teve fôlego para alcançar a alta
dos preços no mês.
Em novembro, o IGP-M (Índice
Geral de Preços do Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em 5,19%. Quem aplicou em uma carteira teórica igual
à do Ibovespa -índice que
acompanha as oscilações dos 56
papéis mais negociados na Bolsa- ganhou 3,35% no mês.
O dólar encerrou o mês com
0,69% de valorização. O ouro acumulou ganho de 4,83% na BM&F
(Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Dólar
No acumulado do ano, a moeda
norte-americana continua sendo
a grande aposta. Um investidor
que comprou dólares no último
dia do ano passado garantiu até o
momento ganho superior a 56%.
Já o mercado acionário, apesar
da recuperação dos últimos dois
meses, continua com grandes
perdas neste ano. O Ibovespa segue com a expressiva desvalorização de 22,6% no ano.
Os ganhos das aplicações que
acompanham o DI (que consideram os juros praticados entre
bancos) ficaram longe da inflação. Em média, o ganho ficou em
1,53%. O CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado para
grande investidor rendeu, em média, 1,57% em novembro.
Inflação em alta
A escalada da inflação tem feito
muitos investidores passarem a
apostar em fundos que acompanham a variação do IGP-M. Esses
fundos ainda representam uma
parcela pequena dos fundos em
geral. Dados da consultoria
Thomson Financial mostram que
os fundos que seguem a variação
da inflação receberam, em outubro, US$ 281,7 milhões.
"Os fundos que seguem os IGPs
viraram uma coqueluche. O problema, para gestores e investidores, é se esse movimento de maior
procura se mostrar apenas uma
bolha. Os papéis que formam os
fundos de IGP são de longo prazo
e de negociação mais difícil", afirma Guilherme Gaertner, gestor
de renda fixa do Unibanco Asset
Management.
No mercado paralelo, a alta do
dólar foi mais forte que no à vista.
O dólar paralelo subiu 2,8% no
mês. Para o investidor mais conservador que segue apostando na
poupança o rendimento em novembro ficou em 0,77%.
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