São Paulo, sábado, 30 de novembro de 2002

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IGP-M de novembro atingiu 5,19%, segundo a FGV; em termos reais, esse índice superou todos os investimentos

Inflação bate todas as aplicações neste mês

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A inflação bateu todas as aplicações em novembro. Nem a Bolsa de Valores, destaque de outubro, teve fôlego para alcançar a alta dos preços no mês.
Em novembro, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), medido pela Fundação Getúlio Vargas, ficou em 5,19%. Quem aplicou em uma carteira teórica igual à do Ibovespa -índice que acompanha as oscilações dos 56 papéis mais negociados na Bolsa- ganhou 3,35% no mês.
O dólar encerrou o mês com 0,69% de valorização. O ouro acumulou ganho de 4,83% na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).

Dólar
No acumulado do ano, a moeda norte-americana continua sendo a grande aposta. Um investidor que comprou dólares no último dia do ano passado garantiu até o momento ganho superior a 56%.
Já o mercado acionário, apesar da recuperação dos últimos dois meses, continua com grandes perdas neste ano. O Ibovespa segue com a expressiva desvalorização de 22,6% no ano.
Os ganhos das aplicações que acompanham o DI (que consideram os juros praticados entre bancos) ficaram longe da inflação. Em média, o ganho ficou em 1,53%. O CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado para grande investidor rendeu, em média, 1,57% em novembro.

Inflação em alta
A escalada da inflação tem feito muitos investidores passarem a apostar em fundos que acompanham a variação do IGP-M. Esses fundos ainda representam uma parcela pequena dos fundos em geral. Dados da consultoria Thomson Financial mostram que os fundos que seguem a variação da inflação receberam, em outubro, US$ 281,7 milhões.
"Os fundos que seguem os IGPs viraram uma coqueluche. O problema, para gestores e investidores, é se esse movimento de maior procura se mostrar apenas uma bolha. Os papéis que formam os fundos de IGP são de longo prazo e de negociação mais difícil", afirma Guilherme Gaertner, gestor de renda fixa do Unibanco Asset Management.
No mercado paralelo, a alta do dólar foi mais forte que no à vista. O dólar paralelo subiu 2,8% no mês. Para o investidor mais conservador que segue apostando na poupança o rendimento em novembro ficou em 0,77%.


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