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Dólar sobe 1,24%, e risco Brasil
fecha mês abaixo de 1.600 pontos
GEORGIA CARAPETKOV
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo após duas intervenções
do Banco Central (BC) o dólar fechou em alta de 1,24%, cotado a
R$ 3,655. No mês, a moeda fechou
com valorização de 0,69%.
Ao contrário do dólar, o risco-país, medido pelo JP Morgan,
caiu 2,4% para 1.586 pontos, e
acumulou uma baixa no mês de
8,9%. Para os analistas, a melhora
das contas públicas e da balança
comercial tem ajudado a valorizar
os títulos brasileiros no exterior.
O BC vendeu dólares durante a
manhã, para tentar conter a alta
da moeda norte-americana, mas a
cotação continuou a subir. Durante a tarde, quando a moeda estava valorizada em mais de 2%, o
BC interveio novamente e a cotação cedeu um pouco.
O dia foi de poucos negócios, o
que favoreceu a pressão especulativa para a alta da moeda norte-americana, que já era esperada.
Ontem era o dia de formação do
Ptax (preço médio do dólar, medido diariamente pelo Banco
Central), que determinará o valor
pelo qual serão resgatados os títulos cambiais do governo que vencem na próxima segunda-feira.
Apesar de o BC ter rolado 71% do
total dos vencimentos, ainda há
aproximadamente U$ 670 milhões a serem resgatados.
A inflação e o fato de o novo governo ainda não ter anunciado
mais nomes continuam a justificar a alta do dólar. Segundo operadores, na falta de novidades
maiores, a nota do governador de
Minas, Itamar Franco, criticando
o PT, ajudou a influenciar negativamente o mercado.
Para Ricardo de Campos, gestor
da Hedging-Griffo, há também o
"efeito do final do mês", em que
os operadores tendem a fazer de
tudo para encerrar o período com
bom resultado.
Segundo ele, em dezembro vence aproximadamente U$ 1 bilhão
em eurobônus, que, com o atual
patamar do risco-país, não devem
ser renovados, o que também ajuda a pressionar o câmbio.
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