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Petrobras gasta mais com bônus a empregados
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Um dos motivos para a expansão das despesas da Petrobras -que teve de recorrer a empréstimo de US$ 2
bilhões para pagar impostos- são os reajustes e bônus
pagos a funcionários. Tais
encargos pesaram negativamente no balanço da companhia e foram a principal causa do aumento de R$ 2,4 bilhões nas despesas operacionais do segundo para o terceiro trimestre.
O aumento de gastos foi
apontado por especialistas
como uma das causas da forte queda das ações da estatal
nos dias seguintes à divulgação do balanço no começo do
mês, quando a Petrobras
anunciou seu maior lucro
trimestral da história -R$
10,9 bilhões.
Segundo a companhia, o
reajuste médio de 9,9% concedido em setembro e o pagamento de bônus de 80% do
valor do salário a todos os
funcionários consistiram na
maior fonte de pressão das
despesas operacionais.
"Já admitimos, desde
2002, mais de 25 mil funcionários para fazer frente ao
crescimento da companhia.
Boa parte deles, recentemente. Muitos ainda estão
em treinamento, o que pode
tomar até um ano. Nesse período, o empregado não produz, mas gera despesa", disse
o diretor financeiro Almir
Barbassa à época.
Somente sob a forma de
bônus, a estatal teve despesa
extra de R$ 543 milhões no
terceiro trimestre. Os benefícios foram concedidos após
uma paralisação de advertência da categoria -que interrompeu parcialmente a
produção por um dia- e a
ameaça de novas greves.
Além dos reajustes, o executivo citou o aumento do
efetivo de funcionários com
fonte de aumento dos custos
da companhia. Neste mês, a
companhia abriu novo concurso para 208 vagas de nível
médio e superior.
A expansão dos custos -e
os trabalhistas figuram entre
os que mais avançaram- é
citada por especialistas como uma das principais causas da redução de margens
da companhia.
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