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PESQUISA
Economia aquecida e alta do real explicam salto
São Paulo e Rio sobem em ranking das cidades mais caras do mundo
DA REPORTAGEM LOCAL
A combinação de aquecimento
da economia e apreciação do real
fez o custo de vida das cidades de
São Paulo e Rio de Janeiro dar um
salto neste começo de ano.
Ranking divulgado pele EIU
(Economist Intelligence Unit),
braço de pesquisas do grupo britânico que edita a revista "The
Economist", mostra que as duas
cidades brasileiras subiram 22
pontos, a maior escalada do ranking ante 2004, e hoje estão empatadas na 87ª colocação.
O desempenho das duas capitais brasileiras está alinhado com
o comportamento de outras cidades na América Latina que também tiveram suas moedas apreciadas ante o dólar. O levantamento da EIU revelou que apenas
em quatro cidades latino- americanas houve um recuo do índice
que mede o custo de vida. Em
duas delas, Quito, Equador, e Cidade do Panamá, Panamá, houve
um processo de dolarização das
economias.
No topo do ranking há 14 anos,
Tóquio foi destronada neste ano e
passou para a segunda colocação.
Oslo, capital dinamarquesa, ultrapassou a capital japonesa. "A posição de Oslo indica um aumento
relativo do custo de vida na Europa ocasionado pelo longo período
de desempenho mais fraco do dólar", diz trecho do relatório da
EIU. A desvalorização do dólar
ante o euro faz também com que
20 cidades européias figurem na
lista das 30 mais caras.
Já a capital da China, Pequim,
apesar de registrar um vigoroso
crescimento econômico, conseguiu ficar mais barata. Passou da
44ª posição, em 2005, para a 58ª
posição em 2006. Para a EIU, isso
ocorreu porque a abundância de
investimentos estrangeiros diretos no país aumentou a competição no mercado chinês e ajudou a
reduzir o preço de alguns bens.
O ranking da EIU é elaborado
semestralmente e compara preços e produtos em 130 cidades. O
cálculo serve para nortear a remuneração dos executivos que trabalham no exterior.
(CÍNTIA CARDOSO)
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