DA BLOOMBERG

A Fiat, maior empresa do setor industrial da Itália, informou que obteve lucro no quarto trimestre de 2005, após seu principal executivo, Sergio Marchionne, ter promovido o crescimento das vendas e o fechamento de postos de trabalho, encerrando uma série de 17 trimestres consecutivos de prejuízos na divisão automotiva.
O lucro líquido da empresa foi de 38 milhões, ante prejuízo de 550 milhões no mesmo período de 2004, disse hoje a Fiat em comunicado. As vendas da empresa cresceram 7,5%, passando a 13,1 bilhões. A Fiat Auto registrou lucro operacional de 21 milhões, após suas vendas terem aumentado 6,6%, para 6,2 bilhões.
A Fiat informou ter registrado lucro de 1,3 bilhão em 2005, graças a ganhos extraordinários, entre os quais um pagamento de 1,5 bilhão feito pela General Motors, a maior montadora mundial, para encerrar uma aliança que não deu certo.
Marchionne demitiu metade da força de trabalho da empresa na Itália, reduzindo os gastos em mais de 500 milhões. Em setembro de 2005, ele adiantou o lançamento da nova versão do Punto, invertendo o declínio de participação de mercado da empresa. Em agosto, a Fiat disse pretender investir 10 bilhões em sua divisão automotiva e lançar 20 novos modelos nos próximos três anos.
"Todos os números apontam na direção certa", disse Philippe Houchois, analista do JP Morgan, que tem a recomendação de "aumentar a exposição" para as ações da Fiat. "A divisão automotiva foi tão bem quanto eu esperava e as divisões não-automotivas estão se saindo ainda melhor."


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