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Diante do PT, Lula defende "autonomia técnica" do BC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Diante da cobrança da cúpula
do PT (Partido dos Trabalhadores) para que o ritmo de queda dos juros seja acelerado, o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva disse ontem, em reunião
com dirigentes do partido, que
considera "importante a autonomia técnica do Banco Central", segundo relato do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais).
Lula afirmou ainda que a tendência de diminuição da taxa
básica de juros será mantida,
mas que "o ritmo deve ser examinado sem precipitação" para
o governo "não descuidar de
conquistas [baixa inflação]".
Ou seja, o presidente deu um
banho de água fria nas pretensões do PT de mudar a política
monetária e preferiu reforçar a
tese de autonomia técnica que
concedeu ao Banco Central,
mesmo discordando pontualmente de suas decisões.
A Comissão Política do Partido dos Trabalhadores foi a Lula
para levar o resultado da reunião da Executiva do partido
realizada anteontem à noite, na
qual ficou decidida a pressão
pública por maior celeridade
no processo de queda dos juros.
Confiança
Os petistas afirmaram discordar da decisão do BC, na semana passada, de reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual. A
taxa está hoje em 13% ao ano.
Os petistas argumentaram
que uma diminuição de 0,5
ponto na taxa básica teria sido
importante para estimular empresários e sociedade a confiar
no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Lula, porém, manteve a atitude cautelosa na economia.
Os petistas não fizeram pleitos específicos de manutenção
e conquistas de pastas na reforma ministerial. O presidente
Lula tratará do tema a partir da
semana que vem.
(KENNEDY ALENCAR)
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