São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

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Diante do PT, Lula defende "autonomia técnica" do BC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Diante da cobrança da cúpula do PT (Partido dos Trabalhadores) para que o ritmo de queda dos juros seja acelerado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em reunião com dirigentes do partido, que considera "importante a autonomia técnica do Banco Central", segundo relato do ministro Tarso Genro (Relações Institucionais).
Lula afirmou ainda que a tendência de diminuição da taxa básica de juros será mantida, mas que "o ritmo deve ser examinado sem precipitação" para o governo "não descuidar de conquistas [baixa inflação]".
Ou seja, o presidente deu um banho de água fria nas pretensões do PT de mudar a política monetária e preferiu reforçar a tese de autonomia técnica que concedeu ao Banco Central, mesmo discordando pontualmente de suas decisões.
A Comissão Política do Partido dos Trabalhadores foi a Lula para levar o resultado da reunião da Executiva do partido realizada anteontem à noite, na qual ficou decidida a pressão pública por maior celeridade no processo de queda dos juros.

Confiança
Os petistas afirmaram discordar da decisão do BC, na semana passada, de reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual. A taxa está hoje em 13% ao ano.
Os petistas argumentaram que uma diminuição de 0,5 ponto na taxa básica teria sido importante para estimular empresários e sociedade a confiar no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Lula, porém, manteve a atitude cautelosa na economia.
Os petistas não fizeram pleitos específicos de manutenção e conquistas de pastas na reforma ministerial. O presidente Lula tratará do tema a partir da semana que vem. (KENNEDY ALENCAR)


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