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Vale leva minas da Rio Tinto por US$ 1,6 bi
DA SUCURSAL DO RIO
Em meio à crise e à demissão de funcionários, a Vale
anunciou ontem a compra de
minas de minério de ferro e
de potássio no Brasil, na Argentina e no Canadá da rival
anglo-australiana Rio Tinto,
por US$ 1,6 bilhão.
Afetada pela crise internacional, a Rio Tinto, terceira
maior mineradora do mundo
-atrás da BHP e da própria
Vale-, lançou em dezembro
um pacote de medidas para
enfrentar a turbulência, que
derrubou a demanda global
por minérios.
Por seu turno, a Vale viu
no negócio a possibilidade de
reforçar a posição de maior
produtora mundial de minério de ferro e avançar em potássio, área pouco explorada
pela companhia e estratégica
para o Brasil, pelo amplo déficit no setor de fertilizantes.
A Vale afirmou que pagará
US$ 750 milhões pelos ativos
de minério de ferro, que
compreendem uma mina em
Corumbá (MS), com capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas, e equipamentos que permitem escoar a produção pela hidrovia do rio Paraguai.
Pelas duas minas de potássio -uma na Argentina e outra no Canadá-, a Vale vai
desembolsar outros US$ 850
milhões. A compra da mina
em Corumbá depende da
aprovação das autoridades
reguladoras, o que não ocorre no caso das de potássio.
Para a Rio Tinto, o negócio
tem como objetivo focar suas
atividades e reduzir suas dívidas em US$ 10 bilhões ainda em 2009. No ano passado,
a mineradora já havia vendido US$ 3 bilhões em ativos.
O projeto de Corumbá já
está em fase de operação e
gera um lucro anual de US$
12 milhões, segundo dados
de 2007 divulgados pela Rio
Tinto. Já as minas do Canadá
e da Argentina ainda estão
em fase de desenvolvimento.
Para iniciar a produção, a Vale precisará completar os investimentos nos dois projetos. As cifras, porém, não foram reveladas.
(PEDRO SOARES)
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