São Paulo, sábado, 31 de janeiro de 2009

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Vale leva minas da Rio Tinto por US$ 1,6 bi

DA SUCURSAL DO RIO

Em meio à crise e à demissão de funcionários, a Vale anunciou ontem a compra de minas de minério de ferro e de potássio no Brasil, na Argentina e no Canadá da rival anglo-australiana Rio Tinto, por US$ 1,6 bilhão.
Afetada pela crise internacional, a Rio Tinto, terceira maior mineradora do mundo -atrás da BHP e da própria Vale-, lançou em dezembro um pacote de medidas para enfrentar a turbulência, que derrubou a demanda global por minérios.
Por seu turno, a Vale viu no negócio a possibilidade de reforçar a posição de maior produtora mundial de minério de ferro e avançar em potássio, área pouco explorada pela companhia e estratégica para o Brasil, pelo amplo déficit no setor de fertilizantes.
A Vale afirmou que pagará US$ 750 milhões pelos ativos de minério de ferro, que compreendem uma mina em Corumbá (MS), com capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas, e equipamentos que permitem escoar a produção pela hidrovia do rio Paraguai.
Pelas duas minas de potássio -uma na Argentina e outra no Canadá-, a Vale vai desembolsar outros US$ 850 milhões. A compra da mina em Corumbá depende da aprovação das autoridades reguladoras, o que não ocorre no caso das de potássio.
Para a Rio Tinto, o negócio tem como objetivo focar suas atividades e reduzir suas dívidas em US$ 10 bilhões ainda em 2009. No ano passado, a mineradora já havia vendido US$ 3 bilhões em ativos.
O projeto de Corumbá já está em fase de operação e gera um lucro anual de US$ 12 milhões, segundo dados de 2007 divulgados pela Rio Tinto. Já as minas do Canadá e da Argentina ainda estão em fase de desenvolvimento. Para iniciar a produção, a Vale precisará completar os investimentos nos dois projetos. As cifras, porém, não foram reveladas.
(PEDRO SOARES)


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