|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Cai rendimento do trabalho sobre o PIB
da Reportagem Local
O aumento do desemprego nos
anos 90 produziu outros fenômenos perversos no mercado ocupacional. Entre eles se destaca a diminuição do rendimento do trabalho
na renda do país.
Em 1980, a soma dos salários,
pensões, pagamento de funcionários públicos e receita dos trabalhadores autônomos representavam 50% do PIB, segundo Marcio
Pochmann. Em 1998, o rendimento do trabalho não passa de 36,3%.
Esses números traduzem uma
concentração de renda em favor
do capital, produzida pela disseminação de postos com baixa remuneração e pelo desemprego.
Exemplo disso é a queda nos rendimentos dos trabalhadores mais
instruídos.
Na indústria, por exemplo, 72%
dos trabalhadores com nível superior ganhavam mais de dez salários
mínimos em 1992. Esse percentual
caiu ao longo dos últimos anos até
chegar a 59% em 1998, segundo dados do Ministério do Trabalho.
Dados do Seade mostram que,
entre 1985 e 1998 na Grande São
Paulo, a parcela de pessoas com segundo grau completo entre os desempregados saltou de 6,7% para
14,9%. Em outras palavras, maior
instrução deixou de ser garantia de
emprego.
(JRT)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|