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HABITAÇÃO
Valor máximo para financiamento, fixado em 1994, era de R$ 180 mil; aumento é de 66,6%
SFH financia imóvel de até R$ 300 mil
da Sucursal de Brasília
Desde ontem, o valor dos imóveis que podem ser financiados
dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) subiu de R$ 180
mil para R$ 300 mil, um aumento
de 66,6%. O valor não sofria modificações desde 94.
O CMN (Conselho Monetário
Nacional) elevou o valor do imóvel e também o limite de financiamento dentro do SFH de R$ 90
mil para R$ 150 mil.
"O aumento dos valores evita o
enquadramento de muitos financiamentos no sistema de carteira
hipotecária que tem taxas de juros
mais altas", disse o diretor de
Normas do Banco Central, Sérgio
Darcy. No SFH, a taxa de juros
máxima é de 12% ao ano mais a
TR (Taxa Referencial).
O sistema de reajuste das prestações no SFH também é mais favorável ao mutuário porque leva
em conta um comprometimento
de renda máximo do trabalhador
em torno de 30%. Na carteira hipotecária, os aumentos são trimestrais.
Segundo Darcy, a medida vai
beneficiar novos compradores de
imóveis em grandes capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo e
Brasília. Nelas, o valor dos imóveis variou mais que a inflação.
O conselho também resolveu
elevar o total dos recursos que devem ser destinados ao SFH pelos
bancos. Em vez de 60% dos depósitos em caderneta de poupança,
os bancos terão de destinar 65%
dos depósitos para o sistema.
Como os bancos têm créditos
de FCVS (Fundo de Compensação das Variações Salariais) contra o Tesouro Nacional e esses
créditos podem ser deduzidos da
exigibilidade de aplicação no
SFH, o aumento dos recursos para o sistema é pequeno.
De acordo com Darcy, o aumento será de apenas R$ 194 milhões: R$ 53 milhões de bancos
privados e R$ 141 milhões de bancos públicos. A Caixa Econômica
Federal não entra nessa conta
porque tem créditos de FCVS para compensar.
Os bancos têm hoje R$ 111, 2 bilhões em depósitos de poupança.
Se 5% desse total fossem destinados aos empréstimos habitacionais, seriam aplicados mais de R$
5 bilhões no setor.
Darcy justificou o aumento da
aplicação dos bancos no SFH pela
"melhora das condições econômicas do país". Em julho de 1999,
o CMN havia reduzido a exigência de aplicação de 70% para 60%
dos depósitos de poupança.
"Naquela época havia uma baixa demanda e uma inadimplência elevada no sistema", disse
Darcy. Os bancos terão até setembro para se adequar às novas exigências do CMN.
O CMN também decidiu prorrogar de 31 de março para 30 de
junho a medida que estimula a redução das taxas de juros no SFH
para 10% ao ano mais a TR.
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