São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 2006

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Fluxo para emergentes em 2006 deve ser o 2º melhor da história

DA REUTERS, EM ZURIQUE

O fluxo de capital privado para mercados emergentes neste ano deve ser o segundo maior da história, com os investidores continuando a buscar rendimentos mais altos, afirmou ontem o Instituto Internacional de Finanças (IIF na sigla em inglês).
O fluxo líquido total deve ficar em US$ 357 bilhões neste ano, acima da previsão feita em janeiro de US$ 322 bilhões, seguindo o recorde de US$ 400 bilhões de 2005.
"O tamanho de fluxo líquido de capital privado para mercados emergentes deve-se também à liquidez internacional abundante e à busca de altos rendimentos por investidores", disse William Rhodes, membro do conselho do instituto e presidente do Citigroup.
Mas investidores devem se manter atentos aos riscos no ambiente econômico global, resultado dos desequilíbrios de conta corrente, incertezas no mercado de petróleo e preocupações políticas, que podem acarretar mudanças nos mercados emergentes.

Menos dinheiro
Amplas quantidades de dinheiro barato circulando na economia global também devem começar a diminuir à medida que os Estados Unidos e a zona do euro continuam a reduzir o crédito, disse Rhodes. O Japão também deve apertar a política monetária mais para a frente este ano, afirmou o instituto.
Isso pode levar a alguma instabilidade nos mercados de dívida nos próximos meses em locais onde investidores especulativos apostaram na queda dos rendimentos de forma agressiva, disse Rhodes.
"Estamos falando de uma questão de tempo, motivo pelo qual alertamos as pessoas para que sejam prudentes", disse ele, recusando-se a especificar que mercados são vulneráveis.
O instituto já tinha alertado em janeiro deste ano que, embora as condições globais e financeiras permanecem favoráveis, os riscos estão subindo novamente.
O movimento ocorre à medida que os principais bancos centrais do mundo elevam a taxa de juro de seus países e a abundante liquidez global diminui.
O organismo também disse que espera que as economias de mercados emergentes continuem a crescer em média 6% neste ano, à medida que reformam suas políticas econômicas, reduzem dívida, melhoram balanços fiscais e aumentam seu poder de competição.


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