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Fluxo para emergentes em 2006
deve ser o 2º melhor da história
DA REUTERS, EM ZURIQUE
O fluxo de capital privado para
mercados emergentes neste ano
deve ser o segundo maior da história, com os investidores continuando a buscar rendimentos
mais altos, afirmou ontem o Instituto Internacional de Finanças
(IIF na sigla em inglês).
O fluxo líquido total deve ficar
em US$ 357 bilhões neste ano, acima da previsão feita em janeiro de
US$ 322 bilhões, seguindo o recorde de US$ 400 bilhões de 2005.
"O tamanho de fluxo líquido de
capital privado para mercados
emergentes deve-se também à liquidez internacional abundante e
à busca de altos rendimentos por
investidores", disse William Rhodes, membro do conselho do instituto e presidente do Citigroup.
Mas investidores devem se
manter atentos aos riscos no ambiente econômico global, resultado dos desequilíbrios de conta
corrente, incertezas no mercado
de petróleo e preocupações políticas, que podem acarretar mudanças nos mercados emergentes.
Menos dinheiro
Amplas quantidades de dinheiro barato circulando na economia
global também devem começar a
diminuir à medida que os Estados
Unidos e a zona do euro continuam a reduzir o crédito, disse
Rhodes. O Japão também deve
apertar a política monetária mais
para a frente este ano, afirmou o
instituto.
Isso pode levar a alguma instabilidade nos mercados de dívida
nos próximos meses em locais
onde investidores especulativos
apostaram na queda dos rendimentos de forma agressiva, disse
Rhodes.
"Estamos falando de uma questão de tempo, motivo pelo qual
alertamos as pessoas para que sejam prudentes", disse ele, recusando-se a especificar que mercados são vulneráveis.
O instituto já tinha alertado em
janeiro deste ano que, embora as
condições globais e financeiras
permanecem favoráveis, os riscos
estão subindo novamente.
O movimento ocorre à medida
que os principais bancos centrais
do mundo elevam a taxa de juro
de seus países e a abundante liquidez global diminui.
O organismo também disse que
espera que as economias de mercados emergentes continuem a
crescer em média 6% neste ano, à
medida que reformam suas políticas econômicas, reduzem dívida,
melhoram balanços fiscais e aumentam seu poder de competição.
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