São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2008

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EUA estudam reduzir dívidas das famílias

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em mais uma medida para conter os efeitos da crise que abala a economia norte-americana, o governo Bush estuda um plano para ajudar a reduzir as dívidas de famílias que têm empréstimos de valores mais altos que o de suas casas, segundo o jornal "Washington Post".
Na sexta à noite, jornais americanos divulgaram uma proposta do governo para aumentar o poder do Fed (BC dos EUA) na regulação de bancos de investimento e outras instituições do mercado financeiro que não bancos comerciais. A medida deve ser anunciada hoje pelo secretário do Tesouro, Henry Paulson.
O plano voltado ao consumidor -o que reduz as críticas de que o governo tem se preocupado mais com Wall Street do que com as pessoas que estão perdendo suas casas com a crise- prevê ajuda a proprietários com dívidas habitacionais por meio do refinanciamento dos imóveis com juros mais baixos.
Segundo a proposta, o FHA (órgão que regula o setor habitacional) vai estimular os credores a perdoar parte das dívidas do setor e estruturar novas, com juros mais baixos. As melhores condições dos empréstimos seriam uma espécie de contrapartida à ajuda do governo ao setor financeiro.
Um estudo formal sobre a medida está sendo finalizado e detalhado, mas, segundo as fontes do jornal, não há prazo para o lançamento.
A redução das dívidas imobiliárias vai melhorar a situação financeira de cerca de 8,8 milhões de famílias que têm dívidas mais altas que o valor do imóvel financiado. Essa é a situação de pessoas cujos imóveis tiveram o valor reduzido após o refinanciamento. Com a depreciação, o proprietário tem de pagar uma parte do imóvel mesmo que queira refinanciá-lo ou vendê-lo. Se não houver condições, o refinanciamento ou a venda não cobrem o valor do empréstimo inicial.


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