|
Texto Anterior | Índice
EUA estudam reduzir dívidas das famílias
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em mais uma medida para
conter os efeitos da crise que
abala a economia norte-americana, o governo Bush
estuda um plano para ajudar
a reduzir as dívidas de famílias que têm empréstimos de
valores mais altos que o de
suas casas, segundo o jornal
"Washington Post".
Na sexta à noite, jornais
americanos divulgaram uma
proposta do governo para
aumentar o poder do Fed
(BC dos EUA) na regulação
de bancos de investimento e
outras instituições do mercado financeiro que não bancos comerciais. A medida deve ser anunciada hoje pelo
secretário do Tesouro,
Henry Paulson.
O plano voltado ao consumidor -o que reduz as críticas de que o governo tem se
preocupado mais com Wall
Street do que com as pessoas
que estão perdendo suas casas com a crise- prevê ajuda
a proprietários com dívidas
habitacionais por meio do
refinanciamento dos imóveis com juros mais baixos.
Segundo a proposta, o
FHA (órgão que regula o setor habitacional) vai estimular os credores a perdoar parte das dívidas do setor e estruturar novas, com juros
mais baixos. As melhores
condições dos empréstimos
seriam uma espécie de contrapartida à ajuda do governo ao setor financeiro.
Um estudo formal sobre a
medida está sendo finalizado
e detalhado, mas, segundo as
fontes do jornal, não há prazo para o lançamento.
A redução das dívidas imobiliárias vai melhorar a situação financeira de cerca de 8,8
milhões de famílias que têm
dívidas mais altas que o valor
do imóvel financiado. Essa é
a situação de pessoas cujos
imóveis tiveram o valor reduzido após o refinanciamento. Com a depreciação, o
proprietário tem de pagar
uma parte do imóvel mesmo
que queira refinanciá-lo ou
vendê-lo. Se não houver condições, o refinanciamento ou
a venda não cobrem o valor
do empréstimo inicial.
Texto Anterior: Hora de crescer nos EUA é agora, diz analista Índice
|