São Paulo, terça-feira, 31 de março de 2009

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Com incentivo, venda de carros deve igualar 2008

PAULO DE ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a prorrogação por mais três meses do IPI reduzido para carros, a perspectiva do setor automotivo é que as vendas de automóveis e comerciais leves fechem o primeiro semestre no mesmo patamar alcançado em igual período do ano passado.
Para o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Jackson Schneider, a redução do IPI ainda tem eficácia para impulsionar o mercado nos próximos três meses da mesma forma como impulsionou no primeiro trimestre.
"A prorrogação do IPI traz uma expectativa positiva, já que conseguimos, diante da crise, obter bons resultados de vendas até agora", afirma Schneider.
De acordo com fontes do setor automotivo, entre janeiro e março a estimativa é que as vendas aumentem 2% na comparação com o mesmo período de 2008. Até sexta, foram vendidos cerca de 240 mil veículos, entre automóveis, comerciais, caminhões e ônibus, segundo dados obtidos pela Folha.
A Anfavea deve divulgar as projeções de vendas para o ano na próxima segunda-feira.
Na avaliação do diretor de Assuntos Corporativos da Ford, Rogelio Golfarb, ainda é cedo para assumir que o mercado de veículos encerre este ano com o mesmo volume de vendas do ano passado.
"Nos últimos cinco anos, observamos um ritmo crescente de vendas, que alcançam seu pico em dezembro. Não temos ainda elementos para afirmar que essa tendência vai se manter. A crise atual tem um elemento de imprevisibilidade muito forte", diz Golfarb.
Com a garantia de manutenção de empregos por parte das montadoras, o acordo de extensão do IPI reduzido deve salvar, por ora, além dos postos efetivos, cerca de 900 trabalhadores temporários cujos contratos começam a vencer, em sua maioria, a partir de junho, segundo as confederações nacionais de metalúrgicos da CUT e da Força Sindical. O acordo prevê que eles não sejam dispensados antes do fim do contrato.

Motos
No setor de motocicletas, a redução de 3% para 0% da Cofins sobre as vendas, anunciada pelo governo, deve estimular a cadeia produtiva, avalia a Abraciclo (associação do fabricantes). De acordo com sindicalistas, com a medida, cerca de 4.000 empregos que estavam ameaçados serão preservados.


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