São Paulo, terça-feira, 31 de março de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

IMPORTAÇÕES CRESCEM
Os maiores gastos do Brasil com os argentinos no setor da pecuária foram com leite. Dados oficiais do governo da Argentina indicam que as exportações acumuladas no primeiro bimestre somaram 11 mil toneladas, no valor de US$ 24 milhões. O volume supera em 172% o de igual período de 2008; os gastos, em 29%.

AINDA MAIORES
As importações brasileiras de queijos cresceram ainda mais que as de leite, atingindo 420 toneladas entre janeiro e fevereiro deste ano. O volume supera em 388% o de igual período de 2008. Os gastos somaram US$ 1,3 milhão, com alta de 186% no período.

SEM INSOLVÊNCIAS
O consumo interno de carne de frango não caiu. As exportações foram reduzidas em 50 mil toneladas, recuando para 275 mil toneladas por mês, mas o setor fez um corte de 15% na produção. Com esses números, a situação não deveria ser tão crítica, como se apresenta para algumas empresas, segundo um dirigente do setor.

SEMPRE O CRÉDITO
Como em outros setores, o problema é sempre o crédito. Os bancos, que no ano passado procuravam as empresas, agora exigem garantias impossíveis de serem cumpridas, segundo esse dirigente. Além disso, os prazos são menores e os juros, maiores. Isso é o que está levando alguns frigoríficos à recuperação judicial.

ENROLANDO
O Chile continua enrolando o Brasil desde 2005, quando se trata de carnes. Os chilenos reconheceram sete Estados brasileiros aptos a exportar carne bovina para eles, mas não definem os frigoríficos. Com isso, tudo permanece parado. A afirmação é de Otávio Cançado, diretor-executivo da Abiec, associação que reúne as indústrias exportadoras.

AGILIDADE NOSSA
Enquanto os brasileiros são rápidos em liberar importações de frutas, salmão e vinhos dos chilenos, eles são mestres em postergar suas ações de liberação, segundo Cançado.

SEM TRANSGÊNICOS
As empresas de carnes alemãs começam a colocar em suas embalagens avisos de que não usam transgênicos, quando for o caso, na elaboração do produto. Em vigor há mais de um ano, só agora as empresas se adaptaram à lei, devido à rastreabilidade dos grãos usados na alimentação dos animais.

FICA MAIS FÁCIL
Essa exigência mantém campo aberto para a produção e a exportação de cereais convencionais, segundo empresas brasileiras que ainda fazem segregação de grãos e trabalham apenas com produtos não-transgênicos. O cultivo de transgênicos avança no país.


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