DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar encerrou a semana abaixo dos R$ 3,00 mesmo com a alta de 1,12% registrada pela moeda ontem. No fim do dia, eram necessários R$ 2,968 para comprar US$ 1,00. Na semana, a moeda americana subiu 1,75%.
Na última segunda-feira, o dólar chegou aos R$ 3,03 após as mudanças nas regras de rolagem da dívida cambial anunciada pelo Banco Central.
Os negócios de ontem foram marcados pela disputa dos investidores para influenciar a formação do Ptax (preço médio do dólar medido diariamente pelo BC). A taxa de ontem serve de referência para a liquidação de contratos de dólar no mercado futuro, que venceram com o fim do mês. O movimento já havia ganhado força na quinta-feira.
"O mercado hoje [ontem] ficou basicamente nas mãos de tesourarias de bancos preocupadas na formação de um Ptax que fosse mais favorável a elas", afirma Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.
O dólar chegou aos R$ 2,994, mas perdeu um pouco de força no fim dos negócios.
Com a expectativa de entrada de recursos de captações recentes feitas no mercado internacional, como a concluída pela CSN na quinta, analistas dizem acreditar que o dólar não seja muito pressionado nos próximos dias.

Na Bolsa
A semana foi bastante positiva para o mercado acionário. Das 54 ações que formam o Ibovespa -principal índice da Bolsa-, 35 acumularam alta na semana. A Bovespa fechou o período com ganho de 2,12%.
O destaque negativo da Bolsa paulista na semana ficou com as ações de empresas do setor elétrico. Os papéis preferenciais da Eletropaulo foram os que mais caíram no período e ficaram com perdas acumuladas de 11,1%.
Somente ontem, as ações preferenciais da empresa caíram 3,2%, o pior desempenho do pregão. O IEE -índice que acompanha as ações de empresas de energia elétrica- teve perda de 1,1% na semana.
Na outra ponta, ficaram as ações preferenciais da Embratel Participações. Os papéis tiveram valorização de 13,8% na semana.
Nos negócios de ontem, que movimentaram mais de R$ 800 milhões, o papel PNA da Comgas foi o que liderou as altas, com ganho de 4,8%. (FABRICIO VIEIRA)


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