São Paulo, sábado, 31 de maio de 2008

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Lula promete até "remédio amargo" contra inflação alta

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O presidente Lula disse, em Belém, que fará "qualquer sacrifício, mesmo que seja um remédio amargo", para evitar a volta da inflação. "Nosso papel [do governo] é manter um certo equilíbrio entre o que o povo pode comprar e o que nossas empresas podem produzir", afirmou em discurso, no lançamento de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Farei qualquer sacrifício, seja remédio amargo [...] Farei qualquer coisa para que a inflação não volte." Mas o presidente não especificou o que pode ser o sacrifício "amargo".
Lula fez uma promessa: "Este país não voltará a ter recessão, nosso país não voltará a ter desemprego." O presidente afirmou que o Brasil vive "um momento de ouro", que não pode ser desperdiçado, como aconteceu outras vezes na história, como no regime militar.
Lula foi à capital paraense participar de lançamento de obras do PAC, da inauguração do conselho deliberativo da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e também do anúncio de um programa do governo do Pará que pretende plantar 1 bilhão de árvores até 2013. Estava acompanhado de ministros, como Dilma Rousseff (Casa Civil) e Márcio Fortes (Cidades), e de governadores da região.
Lula voltou, em seguida, a falar da inflação dos alimentos, de alcance mundial. Segundo o presidente, é necessário olhar para o atual cenário e ver nele uma "oportunidade" para o Brasil, não "um problema", na medida em que o país pode produzir parte dessa demanda internacional por comida.
De acordo com Lula, isso deve acontecer por meio do crescimento da agricultura familiar no país.
Lula também lembrou a elevação do Brasil a grau de investimento por uma segunda agência internacional, na quinta, "algo que todo mundo acha bonito, mas não sabe o que é". Ele comparou o país que consegue o grau de investimento com uma pessoa que tem seu crédito aprovado em uma loja.


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