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Lula promete até "remédio amargo" contra inflação alta
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
O presidente Lula disse, em
Belém, que fará "qualquer sacrifício, mesmo que seja um remédio amargo", para evitar a
volta da inflação. "Nosso papel
[do governo] é manter um certo
equilíbrio entre o que o povo
pode comprar e o que nossas
empresas podem produzir",
afirmou em discurso, no lançamento de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Farei qualquer sacrifício, seja remédio amargo [...]
Farei qualquer coisa para que a
inflação não volte." Mas o presidente não especificou o que
pode ser o sacrifício "amargo".
Lula fez uma promessa: "Este país não voltará a ter recessão, nosso país não voltará a ter
desemprego." O presidente
afirmou que o Brasil vive "um
momento de ouro", que não pode ser desperdiçado, como
aconteceu outras vezes na história, como no regime militar.
Lula foi à capital paraense
participar de lançamento de
obras do PAC, da inauguração
do conselho deliberativo da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e
também do anúncio de um programa do governo do Pará que
pretende plantar 1 bilhão de árvores até 2013. Estava acompanhado de ministros, como Dilma Rousseff (Casa Civil) e Márcio Fortes (Cidades), e de governadores da região.
Lula voltou, em seguida, a falar da inflação dos alimentos,
de alcance mundial. Segundo o
presidente, é necessário olhar
para o atual cenário e ver nele
uma "oportunidade" para o
Brasil, não "um problema", na
medida em que o país pode produzir parte dessa demanda internacional por comida.
De acordo com Lula, isso deve acontecer por meio do crescimento da agricultura familiar
no país.
Lula também lembrou a elevação do Brasil a grau de investimento por uma segunda
agência internacional, na quinta, "algo que todo mundo acha
bonito, mas não sabe o que é".
Ele comparou o país que consegue o grau de investimento com
uma pessoa que tem seu crédito aprovado em uma loja.
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