ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES

Brasil e Argentina acordaram ontem que o livre comércio de automóveis e autopeças entre os dois países deve começar a vigorar em julho de 2013, segundo projeto apresentado em Buenos Aires pelos respectivos secretários de comércio.
A meta faz parte do novo acordo bilateral automotivo, que entrará em vigor a partir de 1º de julho, após a aprovação dos ministros da Economia dos dois países. O livre comércio era pedido há anos pelo Brasil.
O novo acordo terá duração de seis anos para dar mais segurança e previsibilidade aos investidores externos. A assinatura de um programa mais longo também era uma reivindicação brasileira. Até agora, os contratos vinham sendo renovados anualmente.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, a diferença de prazos -o acordo dura seis anos, mas a liberalização será feita em cinco anos- foi estipulada para que o livre comércio se estabeleça dentro dos termos acordados.
Haverá reuniões trimestrais de monitoramento e aumento no "coeficiente flex" argentino para diminuir o superávit brasileiro. A partir de julho, para cada dólar importado pela Argentina, o país poderá exportar US$ 2,50. A relação do Brasil é de US$ 1 para US$ 1,95.
Os dois países pretendem aumentar investimentos e alcançar produção anual de seis milhões de carros em seis anos.
Jackson Schneider, presidente da Anfavea (associação dos fabricantes de veículos), diz que o acordo eleva a estabilidade no comércio bilateral.


Texto Anterior: Setor de máquinas prevê déficit de até US$ 12 bi
Próximo Texto: Visão: Alta de combustível vai mudar setor automobilístico, afirma Ghosn
Índice