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Bolsa avança 6,96% em maio e lidera aplicações
Renda fixa dá menos de 1%, e dólar tem queda de 2,16%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mês de maio foi marcado
na Bovespa por mais uma rodada de valorizações expressivas
e a quebra de recordes de pontuação. Com mais uma alta de
1,11% ontem, a Bovespa encerrou o mês com valorização acumulada de 6,96%, fazendo do
mercado acionário a melhor
opção de investimento de maio.
Na outra ponta, o dólar seguiu em rota de baixa, desceu a
seu menor valor desde janeiro
de 1999 e terminou maio com
depreciação acumulada de
2,16%, vendido a R$ 1,628.
Mesmo com a retomada de
alta da taxa básica Selic -referência para os juros praticados
no mercado-, as aplicações de
renda fixa deram retorno pequeno, se comparado à Bolsa,
no mês. Na média, tanto os fundos de renda fixa quanto os DI
renderam menos de 1% no mês.
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) deram na média 0,84% em maio.
Para os mais conservadores,
a poupança pagou apenas
0,57% no período.
A Bovespa encerrou ontem
aos 72.592 pontos, com alta
acumulada de 1,6% na semana.
No ano, o índice Ibovespa já subiu 13,63%. Se for considerada
sua oscilação em dólares, a alta
do índice no ano vai a 22%.
Enquanto isso, as maiores
Bolsas do planeta operam em
sentido inverso. Nos EUA, o índice Dow Jones tem queda de
4,72% no ano, e a Bolsa Nasdaq
registra perdas de 4,89%. A
Bolsa de Londres tem queda
anual de 6,10%; em Tóquio, o
índice Nikkei tem recuo de
6,33% em 2008.
Na opinião de Pedro Paulo
Silveira, economista-chefe da
Gradual Corretora, "o momento é favorável para aplicação na
Bolsa, uma vez que os prognósticos para o Brasil são extremamente favoráveis. Se de um lado a economia já ia bem, agora,
após o "investment grade", a
tendência é melhorar".
Na quinta-feira, a agência
Fitch Ratings elevou o Brasil a
"investment grade" (grau de investimento), como a Standard
& Poor's já havia feito um mês
atrás. A decisão eleva a expectativa de migração de recursos
para ativos brasileiros.
Ganhos e baixas
Na semana, 44 dos 66 papéis
que formam o índice Ibovespa
fecharam em alta.
As gigantes Petrobras e Vale
fecharam a semana em queda, o
que acabou por segurar o Ibovespa. A ação PNA da Vale caiu
3,18%, e a PN da Petrobras recuou 3,08% no período.
No pregão de ontem, as ações
da Eletrobrás se destacaram,
movidas pela expectativa de
que o governo irá dar uma solução a uma dívida bilionária da
companhia. A ação ON da empresa subiu 14,74% ontem, e a
PNB teve alta de 9,22%.
As ações ON do Banco do
Brasil também se destacaram,
com alta de 4,93% ontem e de
14,86% na semana.
Os papéis da Cesp tiveram
desempenho contrário e ficaram no topo das baixas de ontem, reagindo à notícia publicada na Folha de que governo de São Paulo não mais privatizaria
a companhia, vendendo apenas
um volume de ações que mantenha a empresa sob controle
do Estado. A ação PNB da Cesp
caiu 5,52%.
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