São Paulo, sábado, 31 de maio de 2008

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Bolsa avança 6,96% em maio e lidera aplicações

Renda fixa dá menos de 1%, e dólar tem queda de 2,16%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mês de maio foi marcado na Bovespa por mais uma rodada de valorizações expressivas e a quebra de recordes de pontuação. Com mais uma alta de 1,11% ontem, a Bovespa encerrou o mês com valorização acumulada de 6,96%, fazendo do mercado acionário a melhor opção de investimento de maio.
Na outra ponta, o dólar seguiu em rota de baixa, desceu a seu menor valor desde janeiro de 1999 e terminou maio com depreciação acumulada de 2,16%, vendido a R$ 1,628.
Mesmo com a retomada de alta da taxa básica Selic -referência para os juros praticados no mercado-, as aplicações de renda fixa deram retorno pequeno, se comparado à Bolsa, no mês. Na média, tanto os fundos de renda fixa quanto os DI renderam menos de 1% no mês. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) deram na média 0,84% em maio.
Para os mais conservadores, a poupança pagou apenas 0,57% no período.
A Bovespa encerrou ontem aos 72.592 pontos, com alta acumulada de 1,6% na semana. No ano, o índice Ibovespa já subiu 13,63%. Se for considerada sua oscilação em dólares, a alta do índice no ano vai a 22%.
Enquanto isso, as maiores Bolsas do planeta operam em sentido inverso. Nos EUA, o índice Dow Jones tem queda de 4,72% no ano, e a Bolsa Nasdaq registra perdas de 4,89%. A Bolsa de Londres tem queda anual de 6,10%; em Tóquio, o índice Nikkei tem recuo de 6,33% em 2008.
Na opinião de Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Gradual Corretora, "o momento é favorável para aplicação na Bolsa, uma vez que os prognósticos para o Brasil são extremamente favoráveis. Se de um lado a economia já ia bem, agora, após o "investment grade", a tendência é melhorar".
Na quinta-feira, a agência Fitch Ratings elevou o Brasil a "investment grade" (grau de investimento), como a Standard & Poor's já havia feito um mês atrás. A decisão eleva a expectativa de migração de recursos para ativos brasileiros.

Ganhos e baixas
Na semana, 44 dos 66 papéis que formam o índice Ibovespa fecharam em alta.
As gigantes Petrobras e Vale fecharam a semana em queda, o que acabou por segurar o Ibovespa. A ação PNA da Vale caiu 3,18%, e a PN da Petrobras recuou 3,08% no período.
No pregão de ontem, as ações da Eletrobrás se destacaram, movidas pela expectativa de que o governo irá dar uma solução a uma dívida bilionária da companhia. A ação ON da empresa subiu 14,74% ontem, e a PNB teve alta de 9,22%.
As ações ON do Banco do Brasil também se destacaram, com alta de 4,93% ontem e de 14,86% na semana.
Os papéis da Cesp tiveram desempenho contrário e ficaram no topo das baixas de ontem, reagindo à notícia publicada na Folha de que governo de São Paulo não mais privatizaria a companhia, vendendo apenas um volume de ações que mantenha a empresa sob controle do Estado. A ação PNB da Cesp caiu 5,52%.


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