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Em SP, empresa com incentivo terá de qualificar
DA REPORTAGEM LOCAL
Após uma parceria entre as
secretarias de Emprego e da
Fazenda, o governo do Estado
de São Paulo vai exigir que as
empresas incluídas em programas de incentivo fiscal participem de programas de qualificação e formação profissional.
Em troca do benefício do Estado, as empresas farão parte
de programas como o Jovem
Cidadão, que oferece estágio
para estudantes de 16 a 21 anos
matriculados na rede pública.
"É a primeira vez que será adotada uma cláusula de reciprocidade social em acordos de incentivo fiscal", disse Guilherme
Afif Domingos, secretário de
Emprego e Relações do Trabalho. O primeiro setor que deve
adotar a contrapartida social é
o automotivo. O anúncio deve
ser feito pelo governador José
Serra, na próxima terça-feira,
segundo disse Afif Domingos,
durante debate promovido pela
Folha para discutir a qualificação profissional no país.
"A empresa vai pagar um salário, calculado com base no salário mínimo, a partir da quantidade de horas que o estudante trabalha. E o governo paga
R$ 65 como ajuda de custo."
O programa Jovem Cidadão
atende hoje 4.500 alunos. Outros 21 mil estão inscritos à espera de uma oportunidade.
"A reciprocidade vai começar no setor automotivo e deve
se estender para todos os setores que, de alguma forma, participarem de programas de incentivo, como os que permitiram a redução de ICMS, por
exemplo, para alguns segmentos", disse o secretário.
Até 30 de julho, deve ser lançado ainda em São Paulo o programa "Emprega São Paulo", já
batizado de "Google do Emprego". Ele funcionará como um
site em que todos os trabalhadores, empregados ou não, e
estudantes poderão colocar
seu currículo à disposição dos
empregadores.
"É um serviço gratuito. Hoje,
os sites que fazem esse tipo de
serviço oferecem gratuidade
no primeiro ou no segundo
mês e depois cobram mensalidades de até R$ 40, R$ 50.
Quem está procurando emprego não pode pagar esse valor."
A medida tem como objetivo
reduzir o desemprego. Segundo pesquisa da Fundação Seade e Dieese, o número de desempregados na região metropolitana de São Paulo foi estimado em 1,448 milhão de pessoas em abril.
(CR)
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