São Paulo, sábado, 31 de maio de 2008

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Em SP, empresa com incentivo terá de qualificar

DA REPORTAGEM LOCAL

Após uma parceria entre as secretarias de Emprego e da Fazenda, o governo do Estado de São Paulo vai exigir que as empresas incluídas em programas de incentivo fiscal participem de programas de qualificação e formação profissional.
Em troca do benefício do Estado, as empresas farão parte de programas como o Jovem Cidadão, que oferece estágio para estudantes de 16 a 21 anos matriculados na rede pública. "É a primeira vez que será adotada uma cláusula de reciprocidade social em acordos de incentivo fiscal", disse Guilherme Afif Domingos, secretário de Emprego e Relações do Trabalho. O primeiro setor que deve adotar a contrapartida social é o automotivo. O anúncio deve ser feito pelo governador José Serra, na próxima terça-feira, segundo disse Afif Domingos, durante debate promovido pela Folha para discutir a qualificação profissional no país.
"A empresa vai pagar um salário, calculado com base no salário mínimo, a partir da quantidade de horas que o estudante trabalha. E o governo paga R$ 65 como ajuda de custo."
O programa Jovem Cidadão atende hoje 4.500 alunos. Outros 21 mil estão inscritos à espera de uma oportunidade.
"A reciprocidade vai começar no setor automotivo e deve se estender para todos os setores que, de alguma forma, participarem de programas de incentivo, como os que permitiram a redução de ICMS, por exemplo, para alguns segmentos", disse o secretário.
Até 30 de julho, deve ser lançado ainda em São Paulo o programa "Emprega São Paulo", já batizado de "Google do Emprego". Ele funcionará como um site em que todos os trabalhadores, empregados ou não, e estudantes poderão colocar seu currículo à disposição dos empregadores.
"É um serviço gratuito. Hoje, os sites que fazem esse tipo de serviço oferecem gratuidade no primeiro ou no segundo mês e depois cobram mensalidades de até R$ 40, R$ 50. Quem está procurando emprego não pode pagar esse valor."
A medida tem como objetivo reduzir o desemprego. Segundo pesquisa da Fundação Seade e Dieese, o número de desempregados na região metropolitana de São Paulo foi estimado em 1,448 milhão de pessoas em abril. (CR)


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