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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Pesquisa mostra empresários mais otimistas
Apesar de admitirem que
sentiram os impactos negativos
da crise, os empresários ligados
ao instituto Endeavor esperam
um crescimento neste ano
maior que o projetado pelo grupo em novembro do ano passado. Na ocasião, a expectativa
era crescer 31% em 2009. Agora, eles projetam uma expansão
de 38% neste ano.
Rodrigo Teles, diretor-geral
da Endeavor, admite que há um
certo "otimismo exagerado"
nesses empresários, mas afirma que as boas perspectivas se
justificam pelo caráter empreendedor do grupo de empresas ligado ao instituto.
"O empreendedor olha para
o copo cheio. Enquanto todos
enxergam apenas a crise, eles
veem oportunidades", afirma.
A pesquisa foi realizada com
65 empresários de 11 países
emergentes, como Brasil, Índia
e África do Sul, entre abril e
maio deste ano.
Apesar do otimismo, a maioria dos empresários admitiu
que sentiu os impactos negativos provocados pela crise e que
está tomando medidas para enfrentar a situação.
O principal efeito, citado por
59% deles, foi a redução do volume de vendas, seguida da dificuldade de contratação de linhas de crédito (37%).
A reação de 30% dos empresários do grupo da Endeavor à
crise foi buscar alternativas de
financiamento e reduzir as
operações. Outros 20% e 15%,
respectivamente, congelaram
as contratações e suspenderam
novos projetos de investimento, segundo a pesquisa.
Mas, em meio à crise, 45%
dos empresários disseram sentir também impactos positivos.
A oportunidade de contratar
profissionais qualificados foi o
maior deles.
"A maioria dessas empresas é
de médio porte. Eles sempre tiveram dificuldade de contratar
bons profissionais, que preferiam as grandes companhias.
Agora, esses profissionais veem
nas médias empresas oportunidade de crescer na carreira em
meio à crise e até de virarem sócios", afirma Teles.
A Endeavor é uma organização internacional sem fins lucrativos que apoia empresas de
países emergentes consideradas empreendedoras e inovadoras por meio da transmissão
de conhecimentos que levem
ao seu desenvolvimento no
país. No Brasil, 45 empresas
são apoiadas pela Endeavor.
Empresa abre resort em Búzios para atrair turista do eixo Rio-SP
O grupo jamaicano SuperClubs, dono dos resorts Breezes Costa do Sauipe (BA) e Starfish Ilha de Santa Luzia (SE),
inaugura em outubro o Breezes
Búzios, seu primeiro resort na
região Sudeste, em Búzios (RJ).
Com o empreendimento, a
empresa quer conquistar o turista nacional e estrangeiro que
viaja para o eixo Rio-SP, a lazer
ou a negócios.
Xavier Veciana, diretor-geral
do grupo SuperClubs no Brasil,
acredita que o impacto da crise
nos voos internacionais que desembarcam na região Nordeste
foi maior que na Sudeste.
Segundo ele, o número de turistas europeus, o maior público dos resorts nordestinos do
SuperClubs, caiu cerca de 30%
nos quatro primeiros meses do
ano em relação ao mesmo período de 2008.
Mesmo assim, a empresa
conseguiu ampliar em 15% o faturamento no período.
"Tivemos que diversificar
nosso mercado para manter o
faturamento. Criamos uma nova estratégia para atrair o turista nacional e da América do Sul
e desenvolvemos mais opções
para o mercado corporativo",
afirma Veciana.
ESTETOSCÓPIO
O Hospital Albert Einstein marcou para o próximo dia 23
a inauguração do novo prédio, um investimento de R$ 400
milhões com 200 consultórios, 40 leitos de "day clinic" (sistema de internação em período curto) e nova área de medicina diagnóstica com 20 salas de cirurgias. O novo prédio
compreende 85 mil m2, o que vai dobrar a capacidade instalada do hospital. Segundo Cláudio Lottenberg, presidente do
Einstein, o investimento faz parte de um novo conceito de
atendimento do hospital, que ele chama de "desospitalização".
Ou seja, manter o paciente internado o menor tempo possível.
Nos EUA, 60% dos pacientes ficam menos de cinco horas, enquanto no Brasil o tempo médio é de cinco dias. "Há uma mudança no mundo na prática assistencial de saúde." O novo prédio é parte de investimento de R$ 1,3 bilhão em quatro anos.
DÍVIDA
De abril até 27 de maio, o
Banco do Brasil negociou
um volume de R$ 30 milhões
de débitos de crédito rural. O
montante estimado da carteira é de R$ 7 bilhões, que
reúne cerca de 50 mil inscrições de devedores. As dívidas poderão ser liquidadas
até o final do ano.
TOALHA
As vendas do segmento de
cama, mesa e banho cresceram 2,5% em maio, em comparação a abril, na região da
25 de Março, segundo o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos de São Paulo. Em relação a maio de
2008, houve queda de 3%.
ALUGUEL
A participação do seguro-fiança nos contratos de locação residencial e comercial
fechados na cidade de São
Paulo subiu 200% nos últimos cinco anos, segundo estudo da empresa de administração imobiliária Lello.
ALUGUEL 2
A modalidade de garantia,
que dispensa a figura do fiador, representou 27% do total de locações realizadas na
capital em 2008, segundo a
Lello. Em 2004, a participação era de 9%. Em 2005, o
seguro-fiança foi usado em
13% dos contratos de aluguel. Em 2006, passou para
17% e, em 2007, para 25%.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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