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Para supermercados, entreposto é lento e caro
DA REPORTAGEM LOCAL
A falta de infraestrutura na
Ceagesp levou as grandes redes
de varejo a tentar alternativas
de abastecimento em busca de
custo menor, melhor logística e
preservação dos produtos.
Sussumu Honda, presidente
da Abras (associação de supermercados), conta que "os 40
anos da Ceagesp são um marco,
mas também motivo de reflexão". O entreposto agrega custos em demasia e acentua a perda excessiva de produtos, diz.
Honda diz que, nas grandes
empresas, um caminhão pode
ser descarregado em 15 minutos, mas na Ceagesp demora várias horas. Outro ponto importante é que a mercadoria pode
levar até 24 horas do produtor à
loja, via Ceagesp. As grandes redes põem o produto na loja no
mesmo dia da colheita.
Há também ganho nos preços. Com menos manuseio e
embalagens mais adequadas,
há redução de custo, que é repassada ao consumidor final,
afirma Honda.
Mas estudo da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) avalia que as feiras nos
supermercados são 20% mais
caras do que nos entrepostos.
Com a migração dos mercados, dilui-se um importante papel dos entrepostos: o de formação de preços. "A entrepostagem, com todos os problemas
que tem, é o lugar onde se vê a
formação do preço real das coisas", diz Newton Junior, gerente de modernização do mercado de hortigranjeiros da Conab.
Em tempos de crise, o sistema também resguarda os alimentos de oscilações brutas.
"O dólar disparou, outros indicadores também, e aqui pode-se ver que a economia real,
aquela que produz comida, teve
um comportamento normal",
diz Rubens Boffino, diretor-presidente da Ceagesp.
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