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INVESTIMENTOS
Principal índice de ações tem alta acumulada de 5,62% em julho; no ano, porém, ganho nominal é de 0,45%
Só aplicação em Bolsa bate inflação no mês
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Ganhar da inflação tem sido um
difícil desafio para os investidores
neste ano. Mesmo as aplicações financeiras de melhor desempenho
têm batido a inflação por uma
margem bem estreita.
Os investimentos que acompanham o sobe-e-desce das taxas de
juros têm dado os melhores retornos em 2004.
Em julho, a melhor aposta foi a
Bolsa: o Ibovespa, principal índice
do mercado acionário, subiu
5,62% e foi a única aplicação a bater a inflação. Mas, no ano, o retorno da Bolsa é de 0,45%.
Uma das modalidades de CDBs
(prefixados para grandes investidores) é destaque com rentabilidade de 9,9% no ano. Os CDBs
(Certificados de Depósitos Bancários) são títulos que representam
uma dívida de um banco e pagam
juros. Os fundos referenciados DI
(que carregam principalmente títulos públicos atrelados aos juros)
têm rendimento médio de 8,66%
no ano. Os fundos de renda fixa
estão com retorno anual, na média, de 8,52%.
"A Bolsa viveu um bom momento neste mês. Com a expectativa de continuidade na recuperação econômica do país, o mercado de ações é uma boa aposta",
afirma Jacopo Valentino, diretor
de renda variável do BNP Paribas
Asset Management.
O IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) acumula alta de
8,18% em 2004. Com isso, boa
parte do ganho real -descontado a inflação- dos investimentos
evaporou.
O aumento das expectativas futuras de inflação fez com que o
Banco Central se mostrasse mais
duro na ata da última reunião do
Copom (Comitê de Política Monetária) divulgada na quinta-feira. Na ata, o BC mostrou estar disposto a manter a taxa básica (Selic, hoje em 16% ao ano) inalterada ainda por algum tempo.
Um cenário de taxas de juros
em patamares mais elevados favorece as aplicações que carregam títulos públicos e privados
-com os fundos DI e de renda fixa- que acompanham a oscilação da Selic.
"Mesmo com a expectativa de
juros em patamares mais elevados até o fim do ano, não acho que
vá haver uma correria para os
fundos de renda fixa", diz Luiz
Antonio Vaz das Neves, diretor da
corretora Planner.
O dólar refletiu o mês menos
turbulento e registrou recuo de
1,59% diante do real, chegando a
ficar abaixo dos R$ 3,00. Ontem, o
dólar fechou a R$ 3,038. No ano, a
moeda norte-americana ainda
acumula valorização de 4,69%.
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