São Paulo, sábado, 31 de julho de 2004

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ÓLEO

Mercado teme desabastecimento

Preço do petróleo bate novo recorde em NY

Jeff Chiu/Associated Press
Posto da Chevron, nos EUA, cujos lucros dobraram no trimestre


DA REDAÇÃO

O receio de desabastecimento elevou os preços do petróleo para os mais altos patamares desde que o produto começou a ser vendido em Nova York, em 1983. Os negociadores temem que a disputa judicial entre a Yukos, maior produtora de petróleo da Rússia, e o governo do país interrompa o fornecimento do produto pela empresa.
O contrato para entrega em setembro, negociado em Nova York, encerrou com alta de 2,46%, vendido a US$ 43,80. Em Londres, o barril do tipo light fechou cotado a US$ 40,42, com alta de 1,96%.
O temor dos negociadores é o de que a oferta mundial do produto seja insuficiente para atender o crescimento do consumo, em especial nos Estados Unidos.
A produção dos países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), por exemplo, está em 95% da capacidade, o que levanta dúvidas sobre o poder do cartel de conter os preços.
No entanto, o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi, tentou traqüilizar o mercado. Segundo ele, há petróleo suficiente no mercado. "A infra-estrutura está em boas condições, mas há condicionantes que fogem ao nosso controle", disse.
O país árabe é capaz de elevar sua produção em até 500 mil por dia. Entretanto, segundo analistas de petróleo, o produto é de pior qualidade que o oferecido pela empresa russa.
Na quarta-feira, a Yukos anunciou que poderia suspender as exportações do produto por conta da disputa envolvendo o pagamento de US$ 3,4 bilhões em impostos atrasados. No dia seguinte, no entanto, o Ministério da Justiça recuou ao permitir que a empresa utilize seus recursos para manter as entregas.
Além dos problemas na Rússia, o mercado teme os desdobramento do plebiscito na Venezuela em agosto e possíveis atentados no Oriente Médio.

Com as agências internacionais


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