|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bloco correu risco, diz Carvalho
da Sucursal do Rio
O ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio, Clóvis Carvalho,
disse ontem que a resolução
911 do governo argentino,
que daria base à imposição
de salvaguardas contra os
produtos dos outros países
do Mercosul, "significaria a
morte" do bloco.
Segundo Carvalho, se a
Argentina não revogasse a
resolução, o Brasil iria interromper qualquer discussão
no âmbito do Mercosul. "O
Brasil deu uma colaboração
enorme para a formação do
Mercosul. Não vamos tolerar que se destrua esse esforço, por causa de uma decisão
unilateral."
Carvalho afirmou que a
crise com a Argentina foi superada, mas acredita que o
assunto voltará a ser discutido em reunião de representantes dos quatro países do
bloco econômico, prevista
para quarta-feira em Montevidéu.
O ministro da Fazenda,
Pedro Malan, disse que a
reunião de anteontem entre
os presidentes Fernando
Henrique Cardoso e Carlos
Menem serviu para superar
as divergências comerciais
entre os dois países, "pelo
menos no aspecto que mais
incomodava ao Brasil".
Segundo Malan, a garantia
dada por Menem de que a
Argentina não vai impor salvaguardas comerciais elimina um obstáculo "incompatível com os tratados de Assunção e de Ouro Preto"
(acordos básicos da criação
do Mercosul).
De acordo com o ministro
da Fazenda, o prazo para os
países do Mercosul se utilizarem de salvaguardas protecionistas no comércio entre eles expirou em 1994.
Segundo Malan, "a construção do Mercosul é um
processo e deve ser vista como tal".
Texto Anterior: Mercosul: Brasil usa carros para dobrar Argentina Próximo Texto: Cota para os têxteis será levada à OMC Índice
|