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Odebrecht vai operar terminal em Santos
Coimex vende complexo portuário previsto para ser inaugurado em 2012, com investimentos de R$ 1 bi
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Grupo Coimex, um dos
maiores comercializadores de
commodities do país, vendeu o
controle do complexo portuário Embraport para as empresas Odebrecht Investimentos
em Infraestrutura e DPW (Dubai Ports World), uma operadora de terminais portuários. O
negócio será anunciado ao
mercado hoje.
O Embraport (Empresa Brasileira de Terminais Portuários
S.A.) detém um dos maiores
projetos em fase de construção
no porto de Santos, o maior da
América Latina. O empreendimento agregará terminais de
contêineres e de graneis líquidos e sólidos.
Odebrecht e DPW passarão a
deter 51,4% das ações da Embraport. A Coimex permanece
no negócio com fatia de 15,3%
do capital. Os 33,3% restantes
continuam como cotas do Fundo de Investimento FI-FGTS,
da Caixa Econômica Federal. O
valor da transação não foi informado.
Com a mudança de controle,
o projeto poderá sofrer alterações em relação a versão planejada pela Coimex. Essas definições começam a ser discutidas
agora, assim como a busca de financiamentos para a execução
do projeto. A estimativa é que o
complexo de terminais exijam
investimentos de R$ 1 bilhão.
Os sócios devem aportar cerca de R$ 350 milhões e buscar o
restante dos recursos no
BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) e no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Felipe Jens, presidente da
Odebrecht Investimentos, diz
que a meta dos sócios é iniciar a
operação do complexo de terminais no segundo semestre de
2012, provavelmente a partir
de terminais de contêineres,
um dos serviços portuários que
mais crescem no país.
Exportação de etanol
A estrutura poderá ter capacidade para movimentação de
700 mil TEUs por ano (um
TEU equivale a um contêiner
de 20 pés). A capacidade será
ampliada para 1,1 milhão de
TEUs até 2017 e até 2 bilhões
de litros de álcool combustível.
Jens admite que o terminal
poderá servir também para as
operações de empresas do Grupo Odebrecht, como a Braskem
(braço petroquímico) e ETH
(empresa de açúcar e álcool). A
ETH já tem 3 de suas 5 usinas
em operação. A mesma lógica
servirá para a Coimex, grande
trading de commodities agrícolas. A DPW será a responsável
pela operação do terminal portuário. A DPW opera 49 terminais e 12 empreendimentos, em
31 países.
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