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Petróleo cai com menor demanda nos EUA
Preço do barril teve quedas de 3,9% tanto em Nova York como em Londres
Temperaturas altas no hemisfério Norte reduzem necessidade de combustível para aquecimento e estoques registram alta
DA BLOOMBERG
Os contratos de petróleo bruto tiveram sua maior queda em
mais de três semanas ontem,
uma vez que as altas temperaturas registradas nos Estados
Unidos reduziram a demanda
por combustíveis para calefação, elevando os estoques de
destilados.
As reservas de petróleo bruto
nos Estados Unidos aumentaram em 2,7 milhões de barris,
segundo analistas ouvidos pela
Bloomberg.
Os estoques, segundo o relatório do Departamento de
Energia da semana passada, estavam 12% acima da média de
cinco anos para o período.
Temperaturas superiores às
costumeiras vão alcançar a
maior parte do território dos
Estados Unidos entre os dias 6
e 12 de novembro, segundo o
instituto meteorológico National Weather Service.
"Os estoques estão elevados,
a capacidade excedente de produção está crescendo e a demanda não está indo a lugar nenhum", disse Michael Lynch,
presidente da Strategic Energy
& Economic Research de Winchester, Massachusetts.
"Enquanto o inverno não
chegar para valer, a demanda
será letárgica." O inverno no
hemisfério Norte ocorre de dezembro a março.
Os contratos futuros para entrega em dezembro caíram US$
2,39, ou 3,9%, para US$ 58,36 o
barril na Bolsa Mercantil de
Nova York.
Na Bolsa de Londres, o petróleo do tipo Brent também caiu
3,9% e fechou cotado a US$
58,68 por barril.
O petróleo se encaminha para registrar sua maior queda
diária desde 3 de outubro. Os
contratos futuros registram
preços 4,2% abaixo dos registrados há um ano.
Os preços despencaram 25%
a partir do recorde de US$
78,40 o barril, alcançado em 14
de julho, em meio a preocupações sobre se os combates no
Líbano se disseminariam por
todo o Oriente Médio, origem
de um terço da oferta mundial
de petróleo.
Estoque saudável
"Os estoques estão parecendo mais saudáveis e as temperaturas deverão aumentar",
disse Ric Navy, corretor da
BNP Paribas de Nova York.
"O mercado está vulnerável à
queda. A Opep será posta à prova nas próximas semanas", disse ele.
A queda dos preços do petróleo levaram a Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo), que produz cerca de
40% do petróleo mundial, a
concordar em reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por
dia a partir de 1º amanhã.
Os ministros da Opep vão
reexaminar suas reduções na
próxima reunião, marcada para
o próximo dia 14 de dezembro
em Abuja, na Nigéria.
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