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Acionista rejeita mudar contrato de compra da BrT
ELVIRA LOBATO
EM SÃO PAULO
O presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, afirmou ontem que não interessa aos acionistas controladores da Oi mudar o contrato
de compra da Brasil Telecom,
que tem data limite de 21 de dezembro para a conclusão do negócio. O contrato estabelece
multa de R$ 490 milhões para a
Oi se o prazo não for cumprido.
A Andrade Gutierrez é acionista controladora da Oi/Telemar com o grupo La Fonte. Segundo Azevedo, os acionistas
da Oi e da BrT poderiam fazer
um aditivo contratual para estender o prazo de liquidação do
negócio, evitando a multa. Mas
afirmou que não o farão.
Disse apenas que alterar o
contrato não é "estimulante"
para os controladores. A fusão
das teles depende da mudança
do Plano Geral de Outorgas da
telefonia fixa e da anuência
prévia da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
O plano de outorgas atual
proíbe que um grupo acumule
duas áreas de concessão de telefonia fixa, o que impede a
compra da BrT pela Oi. O primeiro passo para a liberação da
compra foi dado no último dia
16, quando a Anatel aprovou
uma proposta de mudança do
PGO, a ser encaminhada para
aprovação do presidente Lula.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse esperar
que ainda em outubro fosse publicado o decreto do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva com o
novo plano de outorgas.
O presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, disse que
não se curva a pressões. "Se estourar o prazo de aprovação da
anuência prévia pela Anatel,
paciência. Paga-se a multa. O
contrato será extinto e ponto final", afirmou Azevedo.
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