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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Crise reduz transferência de executivos
O percentual de executivos
estrangeiros que atuam no Brasil caiu neste ano.
Hoje, 43% das empresas de
médio e grande porte no país
contam com profissionais vindos de unidades do exterior, segundo pesquisa da consultoria
de gestão de negócios Hay
Group, feita em junho com executivos de 227 companhias. Em
2008, o índice registrado pelo
levantamento foi de 48%.
"A política de mobilidade de
executivos tem um custo alto
para as instituições. A crise
provocou um arrefecimento e
um maior rigor para a aprovação desses programas", afirma
Carlos Siqueira, diretor de remuneração da América do Sul
do Hay Group.
Com o restabelecimento da
economia, a tendência é que o
número de profissionais transferidos para o Brasil volte a
crescer, segundo Siqueira. "A
internacionalização das empresas motiva esse tipo de experiência corporativa."
Entre os executivos estrangeiros que atuam hoje no Brasil, 13% ocupam a posição de
principal executivo da empresa. Os demais (87%) são vice-presidentes ou diretores, de
acordo com o levantamento.
O principal local de origem
desses profissionais é a Europa
(27%), seguido da América Latina (22%) e da América do
Norte (17%).
"As empresas com matriz europeia tendem a enviar mais
executivos para administrar
suas subsidiárias do que as empresas americanas, que costumam escolher mais executivos
locais", diz Siqueira.
A presença grande de profissionais latino-americanos em
cargos de chefia no Brasil se
justifica pela criação de divisões no país para atender a toda
a região, de acordo com o diretor do Hay Group.
NO MAPA
A urbanista Cecilia Martinez, diretora para a
América Latina e Caribe do programa UN-Habitat,
da ONU, veio a São Paulo nesta semana para avalizar o plano de reurbanização da alameda Gabriel
Monteiro da Silva. Com investimento previsto de R$
60 milhões, a rua, que concentra lojas de decoração
de luxo, será transformada até 2015. Uma das principais funções do UN-Habitat, que apoia o projeto, é
atuar no melhoramento de habitações precárias.
"Qualquer parte da cidade, rica ou pobre, precisa ser
melhorada. Gostaríamos que essas lojas que estão
ganhando com esse projeto pudessem depois ajudar
outras zonas da cidade", afirma Martinez.
RETORNO
O grupo vinícola português JMF (José Maria da
Fonseca), dono da marca
Periquita, popular no
Brasil, quer agora ampliar sua participação no
país com vinhos mais sofisticados. Os novos produtos chegarão, a partir
de janeiro, por meio da
importadora Inovini, braço de vinhos finos da Aurora. Um deles, um Moscatel, já foi vendido no
Brasil no século 19. Naquela época, o país representava 90% das vendas
da JMF. Hoje, com a expansão da empresa, o
mercado doméstico concentra 10% das vendas
mundiais da empresa, em
50 países. O Brasil é o
principal mercado para o
Periquita, com 1 milhão
de garrafas vendidas por
ano. "Não esperamos superar as vendas do Periquita com os produtos
que traremos, pois são vinhos mais "premium", de
produção menor. Mas
pretendemos resgatar o
sucesso que o Moscatel
teve no Brasil há um século", afirma Antonio
Soares Franco, presidente da vinícola.
COSMÉTICO 1
A Natura vai iniciar operação em El Salvador, Guatemala e Honduras, associada
a uma empresa distribuidora. O potencial do mercado
de cosméticos desses países
é US$ 663 milhões. Hoje, ela
atua na América Latina com
operação própria na Argentina, no Peru, no Chile, no
México e na Colômbia. Na
Bolívia, também tem associação com um distribuidor.
COSMÉTICO 2
"Com este modelo de negócio, de parceria com uma
empresa de venda direta já
estabelecida nesses mercados, aceleramos nossa entrada nesta região", diz Pedro
Villares, vice-presidente de
Operações da América Latina da Natura.
CONFIANTES
Com a Copa e a Olimpíada
no Brasil, empresários que
irão à feira internacional de
construção civil Batimat, em
Paris, entre 2 e 7 de novembro, estão confiantes de que
voltarão com acordos encaminhados. "Queremos aproveitar o destaque do Brasil
para tentar internacionalizar empresas de construção", diz José Carlos de Oliveira Lima, diretor da Fiesp.
NOTA
A marca de 13 milhões de
notas fiscais eletrônicas
emitidas por mês foi atingida
em outubro pela Signature
South Consulting, empresa
de TI que tem clientes como
AmBev e Fiat. Até 2010, a
meta é alcançar 50 milhões
de emissões por mês.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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