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Câmbio e menor rigor fiscal puxam aumento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A redução do superavit primário e o comportamento do
câmbio foram os dois fatores
responsáveis pelo aumento da
dívida pública em 2009.
Segundo dados do Banco
Central, o endividamento da
União, dos Estados, dos municípios e das estatais cresceu
15% neste ano e chegou a
R$ 1,325 trilhão no fim de setembro. Esse valor representa
44,9% do PIB (Produto Interno
Bruto), a soma das riquezas
produzidas no Brasil em um
ano. No fim de 2008, estava em
38,8%.
A variação da moeda norte-americana respondeu por metade desse aumento.
Isso ocorre porque o Brasil
tem mais ativos do que dívidas
em dólar. Entre os principais
ativos estão as reservas internacionais, que somam hoje
mais de US$ 230 bilhões.
Isso significa que as contas
públicas pioram sempre que o
dólar cai e melhoram quando a
moeda se valoriza, o que compensa outros efeitos causados
pelo comportamento do câmbio. No ano passado, por exemplo, a disparada do dólar no último trimestre ajudou a reduzir
a dívida em 3,5 pontos percentuais. Neste ano, o país já "devolveu" mais de 80% desse ganho.
Pesa também na dívida a piora no superavit primário, que é
a economia feita pelos governos para pagar juros. O resultado caiu quase 70% neste ano na
comparação com 2008 e respondeu, dessa forma, por metade do aumento no endividamento do país.
O BC prevê que a dívida vá
chegar a 45,1% do PIB em outubro, mês em que o dólar fechou
novamente em alta, para depois recuar para um patamar
entre 43,3% e 44,2% no fim do
ano.
Para a instituição, esse aumento é compatível com as
ações do governo para estimular a economia durante a recessão vivida entre o fim de 2008 e
o começo de 2009.
Para 2010, o BC projeta que a
dívida volte para um patamar
entre 40% e 41% do PIB.
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