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Financeira da GM é convertida em banco e recebe ajuda de US$ 5 bi do Tesouro
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
O governo dos EUA aprofundou sua intervenção na indústria automotiva do país na noite
da última segunda, quando
anunciou a injeção de US$ 5 bilhões do Departamento do Tesouro na GMAC, antigo braço
financeiro da GM. O acordo
permite que a financeira se
converta em uma holding bancária, que poderá assim reduzir
custos de empréstimos e ganhar acesso a fundos do Fed
(BC) a taxas mais baixas.
Os US$ 5 bilhões já compraram ações preferenciais da
GMAC, que hoje é de propriedade conjunta da GM e da Cerberus Capital Management
(grupo dono da Chrysler). A
ajuda extra chega no momento
em que o Tesouro já se preparava para entregar US$ 4 bilhões
à GM e igual quantia à Chrysler,
na primeira parte de um empréstimo de US$ 17,4 bilhões
que a Casa Branca ofereceu às
montadoras neste mês.
O Tesouro anunciou também
um empréstimo separado de
US$ 1 bilhão à GM, especificamente para que a montadora
compre ações da GMAC.
Aparentemente, os fundos já
estão sendo usados. A financeira disse em nota ontem que está baixando seus critérios para
oferta de crédito para aumentar a cartela de clientes. A
GMAC havia diminuído significativamente o número de empréstimos concedidos enquanto lutava para evitar a bancarrota durante a crise econômica.
Além disso, a GM disse que
vai começar a oferecer financiamento a 0% para elevar as
vendas. "[As modificações] nos
trarão muito mais clientes",
disse Mark LaNeve, vice-presidente da GM para vendas na
América do Norte. "É um sinal
forte de que a GMAC está de
volta ao jogo."
Tanto a injeção extra quanto
o empréstimo da Casa Branca
são provenientes do pacote de
US$ 700 bilhões que o Congresso aprovou para socorrer
instituições financeiras.
A financeira enfrenta dificuldades tanto pela paralisia do
mercado de crédito quanto por
perdas de US$ 8,9 bilhões desde 2007 por sua subsidiária de
empréstimos imobiliários.
Ainda há sérias dúvidas, porém, sobre se os consumidores
comprarão veículos de montadoras à beira da falência. Além
disso, a GM e a Cerberus serão
forçadas a reduzir suas posições atuais na GMAC, que hoje
são de 49% e 51%, respectivamente. Assim, a GM entra no
caminho para se tornar a primeira montadora global a não
ter influência ou controle sobre
sua financeira.
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