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Confiança nos EUA é a pior da história
Indicador recuou 6,7 pontos de novembro para dezembro e chegou ao patamar mais baixo desde sua criação, em 1967
Preços das casas têm queda pelo 28º mês seguido nos Estados Unidos e valor das residências está no menor patamar desde abril de 2004
Spenser Platt/France Presse
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Cartaz mostra desconto em liquidação em loja de Nova York
DA REDAÇÃO
A confiança do consumidor
norte-americano chegou ao seu
menor nível histórico em dezembro, mês em que foi confirmada a recessão da economia
dos Estados Unidos, grandes
empresas anunciaram demissões em massa e as montadoras
tiveram que recorrer à ajuda bilionária do governo.
O índice de confiança caiu
para 38 pontos neste mês, ante
44,7 pontos em novembro, segundo levantamento do instituto privado Conference
Board. No mês passado, a confiança do consumidor dos Estados Unidos (cuja pesquisa começou a ser realizada em 1967)
tinha tido pequena recuperação e a expectativa de analistas
era que ele voltasse a subir agora, especialmente devido à queda nos preços da gasolina.
Para a diretora do Conference Board Lynn Franco, a "ampliação da erosão" do índice é
reflexo da "rápida e aguda deterioração das condições econômicas" que ocorreram no quarto trimestre deste ano -em 15
de setembro, o banco de investimento norte-americano Lehman Brothers pediu concordata, sendo o estopim do recrudescimento da crise global.
Segundo ela, é possível que a
queda se acentue ainda mais
nos próximos meses, e o cenário econômico permanece
"bastante sombrio" para o primeiro semestre do ano que vem
e que uma recuperação "modesta" só deve ser sentida na segunda metade de 2009.
A confiança do consumidor é
um dos primeiros indicadores
sobre o estado da economia
americana em dezembro, que
parece caminhar para ser um
mês ainda pior que o anterior.
Um dos sinais do agravamento da crise é que as vendas de final do ano do varejo, o período
mais importante para o setor,
devem ser as piores desde pelo
menos 1970.
E o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego
chegou há duas semanas ao seu
maior nível em 26 anos (os dados da semana passada serão
divulgados hoje), mais um indício de que os cortes de postos
de trabalho neste mês devem
superar os 533 mil de novembro, que foi a maior redução de
vagas desde 1974.
Outro dado negativo divulgado ontem foi o de preços de casas, que recuaram em outubro
18% na comparação com o mesmo período do ano passado
-foi o 28º mês consecutivo de
queda. Os preços das residências em 20 grandes áreas metropolitanas dos Estados Unidos estão no menor patamar
desde abril de 2004.
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