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Empresas premiam funcionário inovador

Dinheiro e viagens são bem-vindos, mas ver a ideia concretizada também é recompensa para o profissional

Lucas Lima/Folhapress
Priscila Fins (à esq.), funcionária da Heineken, e Lígia Patrocínio, gerente de inovação da companhia
Priscila Fins (à esq.), funcionária da Heineken, e Lígia Patrocínio, gerente de inovação da companhia

LUCIANO FELTRIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O coordenador de web e programador Thiago Assis, 28, venceu, no ano passado, um concurso realizado entre os funcionários pela VTEX, "start-up" (empresa iniciante de base tecnológica) que desenvolve plataformas para o comércio virtual.

Além de ganhar uma semana com tudo pago em Fernando de Noronha, Assis viu sua ideia sair do papel.

Para o concurso interno, ele desenvolveu um aplicativo chamado Hellobar, que avisa quais são as promoções oferecidas pelo site de vendas e, além disso, informa quanto falta gastar para que o comprador virtual ganhe o frete grátis. "Melhor do que ganhar a viagem foi ver a ideia implantada e saber que meu aplicativo está ajudando vários de nossos clientes a faturar mais."

A premiação de boas ideias é uma prática comum em companhias novas da área tecnológica. Porém, surpreende-se quem pensa que o melhor incentivo aos funcionários criativos seja dinheiro ou viagens. Muitas vezes, o principal estímulo é a chance de ver a ideia concretizada (veja ao lado outras maneiras de incentivar a inovação).

"É preciso construir um ambiente favorável e fazer com que os funcionários acreditem que suas sugestões possam ser colocadas em prática", diz Carlos Arruda, coordenador do núcleo de inovação da Fundação Dom Cabral.

Nem todos os empreendedores creem que o uso de prêmios em dinheiro seja o melhor incentivo.

Para alguns, a busca pela inovação deve ser um processo contínuo, o que é contraditório à natureza dos concursos -que são imediatos e têm datas para acontecer.

SEM BUROCRACIA

Outro modo de apoiar a inovação é derrubar barreiras e instâncias burocráticas que poderiam inibir o nascimento de boas ideias.

Essa foi a aposta da Alog, que também cria plataformas para e-commerce, com o projeto Eu na sua Área. Nele, os colaboradores dão sugestões que podem ser adotadas fora do seu setor. "Eliminamos o poder do crachá, que limitava as sugestões a profissionais de cada segmento", explica Keith Matsumoto, 32, coordenador de inteligência coletiva da empresa.

Já na 4BIO, de medicamentos, a criatividade surge com a criação de metas: a equipe de logística se propõe a fazer 15 inovações por semestre. Marcio de Luca, 33, chefe do time, foi autor de uma ideia que foi incorporada. Ele sugeriu o uso de chips para monitorar o recipiente onde são transportados os remédios. O objetivo é evitar que os produtos, caros e sensíveis a alterações de temperatura, percam a eficácia quando chegam ao consumidor final.

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