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Concursos valorizam profissional

Na cervejaria Heineken, funcionária desenvolveu um barril que vai ser lançado no mercado

COLABORAÇÃO PARA FOLHA

O constante estímulo à inovação das "start-ups" vem contagiando empresas de setores tradicionais e se consolidando no país.

O Hospital 9 de Julho lançou, no mês passado, o concurso Ideias Brilhantes, que vai colocar em prática sugestões de funcionários para melhorar o atendimento e resolver problemas internos.

Até o fim do ano, quando será escolhida a melhor ideia, a entidade espera receber cem propostas e colocar em prática as melhores.

O vencedor ganhará um prêmio de R$ 6.000. "Os nossos colaboradores estão começando a perceber que têm um canal aberto para sugerir, pois são parte de um processo diário de inovação e conhecimento", diz Santino Orsi, gerente de recursos humanos do hospital.

Outra empresa que vem adotando concursos internos para incentivar os funcionários criativos é a Amadeus, multinacional europeia que desenvolve softwares para agências de turismo. A companhia, que também está presente no Brasil e em outros países da América Latina, organiza anualmente o Even Better (ainda melhor em inglês), concurso que oferece prêmios entre €2.000 (cerca de R$ 5.000) e €5.000 (cerca de R$ 12,5 mil) para as três ideias mais inovadoras entre funcionários latino-americanos.

A equipe comandada pelo gerente de produtos Milton Pinheiro, 37, ficou em primeiro lugar no ano passado com o Webinar, ferramenta virtual que oferece suporte a empresas que são clientes da Amadeus. "O concurso é uma excelente maneira de fazer com que a inovação seja incentivada de forma permanente na empresa", diz.

RECONHECIMENTO

A multinacional Heineken optou por premiar as boas ideias com o reconhecimento internacional do profissional criativo em lugar de dar prêmios em dinheiro. Em seu concurso anual, a fabricante de cerveja leva para a sua sede, em Amsterdã (Holanda), as dez melhores propostas apresentadas por seus funcionários em todo o mundo.

Neste ano, a sugestão da paulistana Priscila Fins, 21, funcionária da Heineken, está entre as três finalistas mundiais e deve virar produto: um barril que possibilita que a cerveja seja saboreada de várias formas -mais ou menos amarga.

"Esse programa mostrou que não existe idade ou hierarquia para contribuir com a inovação", conta.

Para Lígia Patrocínio, gerente de inovação da Heineken, ao contrário de uma premiação em dinheiro, esse reconhecimento valoriza a carreira do profissional a longo prazo. "É o tipo de experiência que abre portas para funcionários que estão começando a carreira."

ALTERNATIVAS

O profissional que trabalha em uma empresa que não promove concursos ou programas que incentivam a inovação pode usar ferramentas tradicionais, como a intranet, para dar sugestões. Para Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, não se deve ter medo de compartilhar ideias.

Em geral, essa prática é bem-vista pelos gestores.

(LF)

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