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Especialidade cresce nas empresas e atrai profissionais
Pós faz diferença em algumas áreas, diz consultor
Marecelo Justo/Folha Imagem
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A bióloga Fernanda Ormonde (de preto) e a equipe da Reclicagem
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O número de companhias
com áreas de sustentabilidade
está em expansão, o que aumenta o número de vagas,
dizem especialistas.
Para Isak Kruglianskas,
coordenador do Programa Estratégico de Gestão Socioambiental da FIA (Fundação Instituto de Administração), os
profissionais devem pensar na
sustentabilidade como "o grande motor da inovação que será
a saída para o desemprego".
A senadora Marina Silva
(PV-AC) afirma que considera
as áreas "uma oportunidade",
mas que cada um "deve seguir
sua ética profissional para não
fazer maquiagem" ambiental.
Entre as empresas que atualmente expandem a área está o
Grupo Maggi (agroindústria),
que vai criar uma diretoria de
responsabilidade e sustentabilidade. Segundo Nereu Bavaresco, diretor de recursos humanos, a questão da sustentabilidade começa no recrutamento. "Buscamos pessoas que
compartilhem nossos valores."
Cargos
A área ambiental está dividida entre os cargos técnicos, em
que a graduação deve ser em
geografia ou gestão ambiental,
por exemplo, e os executivos,
em que também são aceitos
profissionais de outras áreas,
como jornalistas, psicólogos,
engenheiros e economistas.
Independentemente da formação, o consenso é que o profissional que quer fazer carreira como diretor de uma área de
sustentabilidade precisa ter
especialização e conhecimento
do negócio.
Paulo Sérgio Muçouçah, da
OIT, ressalta que não é a formação que define um emprego
verde, e sim a atividade.
"Um biólogo pode pesquisar
organismos geneticamente
modificados [e não ser verde]
ou trabalhar com a conservação da biodiversidade [e ser]".
A bióloga Fernanda Ormonde, 27, coordenadora de eventos responsáveis da Reclicagem, considera seu emprego
verde. "Fazemos a gestão
ambiental de feiras, incluindo
cuidar dos resíduos", afirma
ela, que tem pós-graduação
em gestão ambiental.
Especialização
André Carvalho, professor
de pós-graduação do GVCes
(Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas), diz que a especialização na área é buscada por
profissionais de vários setores.
"Antes, só se podia ser sustentável na Amazônia. Agora, é
possível trabalhar na área na
avenida Paulista ou na [avenida
Engenheiro Luiz Carlos] Berrini", diz, referindo-se a dois centros de negócios de São Paulo.
Embora o curso seja um caminho para atuar na área, em
alguns setores, ele não é valorizado, segundo Gustavo Parise,
gerente-executivo da Michael
Page. Pare ele, a especialização
em ambiente não é prioritária
para quem atua em marketing
e vendas, por exemplo. Nesses
casos, opina, "é muito mais
"perfumaria", infelizmente".
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