|
Próximo Texto | Índice
LAÇOS DE FAMÍLIA
Com o objetivo de reter e motivar, firmas miram cônjuge e família
Mulher de funcionário entra no foco da empresa
IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Já faz algum tempo que diversas empresas perceberam
que deveriam reservar atenção
especial para suas funcionárias
-criaram programas de saúde
da mulher e ofereceram creches no local de trabalho.
Um número ainda pequeno
de companhias, entretanto, está voltando olhares para as mulheres que estão fora da empresa: aquelas que são casadas com
os seus funcionários.
Expandir para os familiares,
especialmente os cônjuges, os
benefícios que oferecem a seus
empregados não é uma prática
corrente entre as corporações,
mas as que adotam o sistema
querem que isso ajude a atrair,
reter e motivar talentos.
"Não são todas que estão caminhando para isso", comenta
Éder Costa e Silva, consultor
sênior da Watson Wyatt. "Mas
as que o fazem procuram um
diferencial."
Por trás disso está a idéia de
que a harmonia e a satisfação
-ou a falta delas- dentro do
lar podem refletir no local de
trabalho. "Se você tem um ambiente familiar de tranqüilidade, no dia seguinte, ele [o marido] vai fazer um bom serviço",
opina Rosângela Toledo, 39.
Ela é casada com Romar
Araújo, 40, desenhista industrial da mineradora Rio Tinto,
em Corumbá (MS). Três vezes
por ano, as mulheres dos funcionários podem participar de
reuniões com especialistas
sobre assuntos diversos, que
variam desde economia doméstica até plano de saúde.
"O objetivo dos encontros é
estreitar os laços entre a empresa e os familiares de seus
empregados", diz Cláudia Carvalho, analista de recursos humanos da Rio Tinto. "Percebemos que as mulheres são a sustentação dos funcionários,
além de serem a ligação entre
eles e o restante da família."
Mães
Entre os benefícios mais comuns está a extensão das assistências médica e odontológica
aos familiares do funcionário.
Mas muitas das ações específicas para
as companheiras dos colaboradores estão relacionadas ao
apoio à maternidade.
Empresas como Vivo, Serasa
e Accor Services oferecem cursos para gestantes, dos quais
as mulheres dos funcionários
também podem participar.
Na Aché, além do curso para
gestantes, ocorre a visitação
da fábrica, que inclui filhos,
mulheres, maridos, pais e sogros. A empresa também distribui medicamentos para os familiares dos colaboradores, mediante a apresentação da
receita médica.
No programa Harmonia, da
Motorola, os interessados dispõem de um número de telefone para pedir indicações de especialistas nas áreas jurídica, psicológica, financeira e social.
Cerca de 30% das 150 consultas
mensais são feitas pelos familiares dos funcionários.
Com DIOGO BERCITO , colaboração para a Folha
Próximo Texto: Encontro com psicólogo e assistente social ajuda a formar agente influente Índice
|