São Paulo, domingo, 02 de março de 2008

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recursos humanos

Prática é alternativa a dar prêmios iguais a todos os funcionários

Recompensa personalizada cresce nas companhias

DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Wagner Renê Gonçalves, 49, apoiou o filho Richard, 17, quando ele resolveu começar os treinos de jiu-jitsu. Mas o esporte logo ficou pesado demais para o bolso.
A solução encontrada foi abrir o jogo com seu chefe na agência de propaganda e marketing Fess'Kobbi, onde Gonçalves trabalha como segurança. "Disse que estava precisando de um auxílio, e eles resolveram patrocinar o meu filho", conta. "Ajudou bastante."
O benefício, concedido pelo empregador em razão do bom desempenho no trabalho, foi uma recompensa personalizada de acordo com as necessidades do funcionário -prática crescente nas companhias.
Richard tem garantidos pela empresa a mensalidade do treinamento, o quimono e as inscrições para campeonatos. Em contrapartida, usa o logotipo da agência no uniforme.
Victor Vieira, 27, diretor da Fess'Kobbi, comenta que, quando Gonçalves fez o pedido, a chefia avaliou o caso seguindo critérios como pontualidade, desempenho e comprometimento. "Não podemos dar esse tipo de credibilidade a alguém que não vista a camisa", diz o empresário.
Para Thais Blanco, consultora da Hewitt, uma das maiores críticas de funcionários em relação à firma em que trabalham é a falta de reconhecimento.
Com o objetivo de lidar com isso e aumentar a motivação de seus funcionários, diz Blanco, as companhias priorizam as necessidades do indivíduo.
"Cada vez mais as empresas estão personalizando a recompensa que dão aos seus funcionários em vez de fazer o reconhecimento em massa."

Perfil
Para Willian Bull, consultor da Mercer, o incentivo dado ao funcionário por vezes está relacionado ao perfil da firma.
"Uma empresa que queira passar uma imagem de preocupação com a qualidade de vida pode tentar incentivar a prática de exercícios entre seus funcionários", exemplifica.
Foi o caso de Wilton Fernandes de Brito, 23, analista de planejamento e controle de produção na Hering, onde trabalha há quase seis anos. Brito estuda piano clássico desde fevereiro de 2006, com tudo pago pelo empregador.
"Foi uma ótima oportunidade, porque o piano exige disciplina, postura, equilíbrio e persistência, o que pode ser aproveitado no meu trabalho", diz.
Amélia Malheiros, gerente de comunicação corporativa da Hering, diz que a prática é comum desde a fundação da empresa -começou com Ingo Hering, ex-presidente da corporação e um dos criadores da Escola Superior de Música, do Teatro Carlos Gomes e da Orquestra de Câmara de Blumenau.


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