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recursos humanos
Prática é alternativa a dar prêmios iguais a todos os funcionários
Recompensa personalizada cresce nas companhias
DIOGO BERCITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Wagner Renê Gonçalves, 49,
apoiou o filho Richard, 17,
quando ele resolveu começar
os treinos de jiu-jitsu. Mas o
esporte logo ficou pesado
demais para o bolso.
A solução encontrada foi
abrir o jogo com seu chefe na
agência de propaganda e marketing Fess'Kobbi, onde Gonçalves trabalha como segurança. "Disse que estava precisando de um auxílio, e eles resolveram patrocinar o meu filho",
conta. "Ajudou bastante."
O benefício, concedido pelo
empregador em razão do bom
desempenho no trabalho, foi
uma recompensa personalizada de acordo com as necessidades do funcionário -prática
crescente nas companhias.
Richard tem garantidos pela
empresa a mensalidade do treinamento, o quimono e as inscrições para campeonatos. Em
contrapartida, usa o logotipo
da agência no uniforme.
Victor Vieira, 27, diretor da
Fess'Kobbi, comenta que,
quando Gonçalves fez o pedido,
a chefia avaliou o caso seguindo
critérios como pontualidade,
desempenho e comprometimento. "Não podemos dar esse
tipo de credibilidade a alguém
que não vista a camisa", diz o
empresário.
Para Thais Blanco, consultora da Hewitt, uma das maiores
críticas de funcionários em relação à firma em que trabalham
é a falta de reconhecimento.
Com o objetivo de lidar com
isso e aumentar a motivação de
seus funcionários, diz Blanco,
as companhias priorizam as
necessidades do indivíduo.
"Cada vez mais as empresas
estão personalizando a recompensa que dão aos seus funcionários em vez de fazer o reconhecimento em massa."
Perfil
Para Willian Bull, consultor
da Mercer, o incentivo dado ao
funcionário por vezes está
relacionado ao perfil da firma.
"Uma empresa que queira
passar uma imagem de preocupação com a qualidade de vida
pode tentar incentivar a prática
de exercícios entre seus funcionários", exemplifica.
Foi o caso de Wilton Fernandes de Brito, 23, analista de
planejamento e controle de
produção na Hering, onde trabalha há quase seis anos. Brito
estuda piano clássico desde
fevereiro de 2006, com tudo
pago pelo empregador.
"Foi uma ótima oportunidade, porque o piano exige disciplina, postura, equilíbrio e persistência, o que pode ser aproveitado no meu trabalho", diz.
Amélia Malheiros, gerente
de comunicação corporativa da
Hering, diz que a prática é comum desde a fundação da empresa -começou com Ingo Hering, ex-presidente da corporação e um dos criadores da Escola Superior de Música, do Teatro Carlos Gomes e da Orquestra de Câmara de Blumenau.
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