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Grupos assumem papéis do RH
Conjunto capacitado desenvolve auto-avaliação e afere cumprimento de metas da firma
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com treinamento de líderes
e boas ferramentas de avaliação
de desempenho, conseqüências da formação de equipes
de alto desempenho, alguns
papéis do departamento de
recursos humanos podem ser
descentralizados.
Esse é o caso, por exemplo,
da Ticket, que presta serviços
na área de benefícios.
"O gestor tem autonomia para tomar decisões, descentralizando o RH", diz Edna Bedani,
diretora de recursos humanos.
Os colaboradores contam com
um sistema de avaliação automatizado, mas que não abre
mão do contato humano.
O profissional se avalia e é
avaliado pelo gestor. Depois, os
dois conversam para buscar o
consenso. Paralelamente, um
sistema informatizado é preenchido pelo chefe, reunindo os
resultados de toda a equipe em
um mapa de desempenhos,
acessivel para a alta gerência.
"Se notamos que o funcionário superou as expectativas, vemos que é de alta performance,
mas não expomos isso aos outros colaboradores para não
causar desconforto na equipe",
destaca Bedani.
Rogério Babler, da MHconsult, diz que a descentralização
da função depende de um gerente preparado para tomar decisões em searas típicas do RH,
como remuneração.
O consultor Antônio Flávio
Pacini, diretor da S&L Consulting, afirma que a maior dificuldade é aliar, na avaliação, indicadores práticos, como metas e
resultados, a outros mais subjetivos, como a qualidade dos relacionamentos, que exigem ferramentas mais complexas.
Tradução e autonomia
Marvin Hirsch, também da
consultoria MHconsult, afirma
que dar mais autonomia às
equipes por meio de treinamento de alto desempenho é
importante, mas isso não deve
ser feito sem bons processos de
monitoramento.
"É conveniente que haja um
processo que ajude os times a
aferir seu resultado diante das
metas estabelecidas, sendo esse um ato importante para o
alcance de resultados diferenciados", ressalta Hirsch.
O primeiro passo, acrescenta, é traduzir a estratégia do negócio para que o nível operacional entenda o papel dele no alcance das metas da empresa.
Tais ferramentas são usadas
também pela GE, multinacional de produtos tecnológicos
que possui um mapa em que
diferentes equipes preenchem
seus resultados, oferecendo um
"feedback" interno e também
para a alta direção.
"Temos uma cultura muito
forte de metodologias qualitativas", salienta Cristian Cetera,
diretor de desenvolvimento
organizacional para a América
Latina.
(AL)
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