São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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TURISMO E ENTRETENIMENTO

Diversão é levada a sério e já está sob os holofotes

Viagens, recreação e lazer roubam a cena no setor do ócio criativo

MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Trabalhar com entretenimento pode soar brincadeira para alguns. A realidade do mercado, porém, mostra que quem atua em turismo, lazer e serviços voltados à diversão é cada vez mais levado a sério.
A atividade desses profissionais é como caixa de mágico: guarda surpresas nas mais diversas formas e locais, desde em agências de viagens e transportes até em hotelaria, animação, recreação, parques temáticos, cruzeiros marítimos, consultorias e patrimônio cultural.
De acordo com especialistas, o aumento do turismo de negócios e a mudança no estilo de vida são pontos importantes para justificar o panorama positivo.
"No ranking de países que recebem eventos internacionais, o Brasil subiu de 19º em 2003 para 7º em 2006. Isso traz um leque enorme de trabalho", exemplifica o secretário nacional de políticas do Ministério do Turismo, Airton Pereira.
"Esse setor faz parte do cardápio das famílias na busca insaciável pela qualidade de vida", opina Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels.

Desafios em cena
Para quem vive do ócio criativo dos outros, o desafio é ser ágil. "Nunca caímos na rotina", assinala Flavia Furlan, 28, que trabalha no Mercure Nortel.
Graduada em hotelaria, ela conta que, em cinco anos na mesma empresa, seu salário foi multiplicado em quatro vezes.
A remuneração para quem trabalha nessa área, no entanto, é baixa em início de carreira, que normalmente acontece em funções mais operacionais.
Foi assim com o publicitário Germano de Carvalho Rocha Filho, 26, assistente de produção do Bourbon Street, responsável pelo marketing da casa.
Entre as experiências que já teve, foi incumbido de ser acompanhante de B.B. King em sua vinda ao Brasil em 2006. "A destreza que tenho com o inglês fez a diferença", justifica.
Além de dominar idiomas, é essencial manter-se informado quanto às tendências globais do mercado em áreas como esportes, gastronomia, recreação e eventos, segundo a coordenadora do curso de lazer e turismo da USP Leste, Beatriz Lage.
"É muito comum a concorrência com profissionais de outros setores, e muitos atuam no mercado informal", diz Lage.
Mas, na avaliação de quem é experiente na área, a maior dificuldade inicial é ter de trabalhar duro enquanto as outras pessoas estão se divertindo -justamente a proposta dos serviços de lazer e turismo.

CINCO RAZÕES
Valorização dos momentos de lazer

Oportunidades com investimentos estrangeiros e com a Copa de 2014

O Brasil já ocupa o sétimo lugar no ranking de eventos internacionais

A crescente população idosa brasileira precisa ocupar seu tempo ocioso

O Ministério do Turismo tem como meta gerar 1,7 milhão de empregos


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