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TURISMO E ENTRETENIMENTO
Diversão é levada a sério e já está sob os holofotes
Viagens, recreação e lazer roubam a cena no setor do ócio criativo
MARIANA BERGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Trabalhar com entretenimento pode soar brincadeira
para alguns. A realidade do
mercado, porém, mostra que
quem atua em turismo, lazer e
serviços voltados à diversão é
cada vez mais levado a sério.
A atividade desses profissionais é como caixa de mágico:
guarda surpresas nas mais
diversas formas e locais, desde
em agências de viagens e transportes até em hotelaria, animação, recreação, parques temáticos, cruzeiros marítimos, consultorias e patrimônio cultural.
De acordo com especialistas,
o aumento do turismo de negócios e a mudança no estilo de vida são pontos importantes para
justificar o panorama positivo.
"No ranking de países que recebem eventos internacionais,
o Brasil subiu de 19º em 2003
para 7º em 2006. Isso traz um
leque enorme de trabalho",
exemplifica o secretário nacional de políticas do Ministério
do Turismo, Airton Pereira.
"Esse setor faz parte do cardápio das famílias na busca insaciável pela qualidade de vida", opina Chieko Aoki, presidente da rede Blue Tree Hotels.
Desafios em cena
Para quem vive do ócio criativo dos outros, o desafio é ser
ágil. "Nunca caímos na rotina",
assinala Flavia Furlan, 28, que
trabalha no Mercure Nortel.
Graduada em hotelaria, ela
conta que, em cinco anos na
mesma empresa, seu salário foi
multiplicado em quatro vezes.
A remuneração para quem
trabalha nessa área, no entanto, é baixa em início de carreira,
que normalmente acontece em
funções mais operacionais.
Foi assim com o publicitário
Germano de Carvalho Rocha
Filho, 26, assistente de produção do Bourbon Street, responsável pelo marketing da casa.
Entre as experiências que já
teve, foi incumbido de ser
acompanhante de B.B. King em
sua vinda ao Brasil em 2006.
"A destreza que tenho com o inglês fez a diferença", justifica.
Além de dominar idiomas, é
essencial manter-se informado
quanto às tendências globais do
mercado em áreas como esportes, gastronomia, recreação e
eventos, segundo a coordenadora do curso de lazer e turismo da USP Leste, Beatriz Lage.
"É muito comum a concorrência com profissionais de outros setores, e muitos atuam no
mercado informal", diz Lage.
Mas, na avaliação de quem é
experiente na área, a maior dificuldade inicial é ter de trabalhar duro enquanto as outras
pessoas estão se divertindo
-justamente a proposta dos
serviços de lazer e turismo.
CINCO RAZÕES
Valorização dos momentos de lazer
Oportunidades com investimentos
estrangeiros e com a Copa de 2014
O Brasil já ocupa o sétimo lugar no
ranking de eventos internacionais
A crescente população idosa brasileira precisa ocupar seu tempo ocioso
O Ministério do Turismo tem como
meta gerar 1,7 milhão de empregos
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