São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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DIREITO

Veredicto é favorável a internet, ambiente e negócios no exterior

LAURA FOLGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A cada ano, o Brasil recebe 50 mil novos bacharéis em direito, vindos de 1.100 cursos de graduação, segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil.
A estimativa é que um número ainda maior preste o exame da OAB -em 2007, foram 67 mil inscrições em todo o país.
Ainda assim, a profissão foi uma das mais mencionadas na consulta realizada pela Folha.
A justificativa é simples: se sobram profissionais no mercado de trabalho, faltam os realmente qualificados e que atuem em áreas estratégicas.
"Um diploma em direito abre várias possibilidades profissionais, de concurso público a carreira acadêmica e advocacia", especifica Ivette Senise Ferreira, conselheira da OAB-SP.
Entre os ramos de atuação, os destaques são direito ambiental, internacional e de informática ou crimes digitais.
Em todos os casos, o primeiro passo é a pós-graduação na área em que se pretende atuar.
"Não dá mais para se acomodar com o diploma de bacharel", salienta o advogado Carlos Magno Nogueira Rodrigues, 40, especializado em direito internacional, área aquecida pelo aumento de negócios entre empresas de diversos países.
Rodrigues, que trabalhou nos Estados Unidos, onde também fez mestrado, diz ser essencial a fluência em inglês. "Com clientes internacionais, a maior dificuldade é cultural."
Também no ritmo da globalização, desponta uma ramificação até então pouco explorada: o direito de crimes digitais.
"Com a internet, alguns profissionais precisaram se especializar para estudar os problemas da área", atesta a advogada Juliana Laura Viegas, 62, que trabalha há mais de 40 anos com propriedade intelectual.
Uso de voz na internet e convergência de mídias são outros desafios que as novidades tecnológicas impõem à carreira.
A preocupação com as questões climáticas fez aumentar também a procura por especialistas em direito ambiental.
Para Ângela Barbarulo, na área há 11 anos, a profissão vem crescendo desde 1998, com a Lei de Crimes Ambientais. "As empresas estão começando a se preocupar", considera.
Por se tratar de uma área em que o profissional lida com biólogos, engenheiros, geógrafos e outros profissionais, é preciso ter conhecimentos técnicos.
"É importante ter o ramo como foco de interesse desde a faculdade", diz Barbarulo, que sugere cursos em tecnologia, auditoria ou gestão ambiental.


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