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DIREITO
Veredicto é favorável a internet, ambiente e negócios no exterior
LAURA FOLGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A cada ano, o Brasil recebe 50
mil novos bacharéis em direito,
vindos de 1.100 cursos de graduação, segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil.
A estimativa é que um número ainda maior preste o exame
da OAB -em 2007, foram 67
mil inscrições em todo o país.
Ainda assim, a profissão foi
uma das mais mencionadas na
consulta realizada pela Folha.
A justificativa é simples: se
sobram profissionais no mercado de trabalho, faltam os
realmente qualificados e que
atuem em áreas estratégicas.
"Um diploma em direito abre
várias possibilidades profissionais, de concurso público a carreira acadêmica e advocacia",
especifica Ivette Senise Ferreira, conselheira da OAB-SP.
Entre os ramos de atuação,
os destaques são direito ambiental, internacional e de informática ou crimes digitais.
Em todos os casos, o primeiro passo é a pós-graduação na
área em que se pretende atuar.
"Não dá mais para se acomodar com o diploma de bacharel", salienta o advogado Carlos
Magno Nogueira Rodrigues,
40, especializado em direito internacional, área aquecida pelo
aumento de negócios entre
empresas de diversos países.
Rodrigues, que trabalhou
nos Estados Unidos, onde também fez mestrado, diz ser essencial a fluência em inglês.
"Com clientes internacionais, a
maior dificuldade é cultural."
Também no ritmo da globalização, desponta uma ramificação até então pouco explorada:
o direito de crimes digitais.
"Com a internet, alguns profissionais precisaram se especializar para estudar os problemas da área", atesta a advogada
Juliana Laura Viegas, 62, que
trabalha há mais de 40 anos
com propriedade intelectual.
Uso de voz na internet e convergência de mídias são outros
desafios que as novidades tecnológicas impõem à carreira.
A preocupação com as questões climáticas fez aumentar
também a procura por especialistas em direito ambiental.
Para Ângela Barbarulo, na
área há 11 anos, a profissão vem
crescendo desde 1998, com a
Lei de Crimes Ambientais.
"As empresas estão começando
a se preocupar", considera.
Por se tratar de uma área em
que o profissional lida com biólogos, engenheiros, geógrafos e
outros profissionais, é preciso
ter conhecimentos técnicos.
"É importante ter o ramo como foco de interesse desde a faculdade", diz Barbarulo, que
sugere cursos em tecnologia,
auditoria ou gestão ambiental.
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