São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2007

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ENGENHARIA DE TRANSPORTES

Mercado aquecido abre vias de acesso a setor automobilístico

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os números recentes do setor automotivo brasileiro impressionam: somente em outubro, foram vendidos no país 422,5 mil veículos, crescimento de 18% em relação a setembro.
No longo prazo, a necessidade de aperfeiçoar sistemas de transporte público das cidades que receberem a Copa de 2014 aumenta ainda mais a demanda por engenheiro de transportes.
A carência de mão-de-obra qualificada na área já é sentida. Segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), 69% dos empresários do ramo de veículos enfrentam dificuldades para contratar.
A falta de profissionais habilitados no setor tem feito com que as empresas invistam cada vez mais na formação dos próprios empregados e se aliem às faculdades de engenharia.
A General Motors, por exemplo, associou-se a empresas de tecnologia e criou o Pace (sigla em inglês de Parceiros para o Avanço da Educação Colaborativa em Engenharia), presente em 36 universidades do globo.
Por meio do programa, universitários de vários países atuam conjuntamente no desenvolvimento de projetos. Para isso, contam com os mesmos softwares usados na indústria.
O estudante da Poli-USP (Escola Politécnica) -única instituição participante do Pace na América Latina- Caio Vinícius Cavalcante Dimov, 21, foi um dos beneficiários do programa. Ele já viajou duas vezes aos Estados Unidos para apresentar trabalhos desenvolvidos com os colegas estrangeiros.
Além de se dedicar ao Pace, Dimov investe no aprendizado de línguas: estudou alemão e inglês e hoje aprende espanhol. Não é à toa, ambiciona se destacar no cenário internacional.

Estrada para o exterior
A carreira de engenheiro no setor de transportes caminha em velocidade máxima em parte graças ao cenário no exterior.
"Além de suprir a demanda interna, as montadoras brasileiras passaram a desenvolver [aqui] veículos para outros países", aponta o professor da Poli-USP Marcelo Leal Alves.
A importância de amenizar o aquecimento global também faz necessário o desenvolvimento, nas maiores cidades brasileiras, de sistemas de transporte público eficientes.
Para Joubert Flores, 52, diretor da Metrô Rio, a Copa de 2014 no Brasil esquentará ainda mais o mercado. "Haverá, por exemplo, a necessidade de criar linhas que atendam aos aeroportos", justifica.
(JOÃO FELLET)


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