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ENGENHARIA DE TRANSPORTES
Mercado aquecido abre vias de acesso a setor automobilístico
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os números recentes do setor automotivo brasileiro impressionam: somente em outubro, foram vendidos no país
422,5 mil veículos, crescimento
de 18% em relação a setembro.
No longo prazo, a necessidade de aperfeiçoar sistemas de
transporte público das cidades
que receberem a Copa de 2014
aumenta ainda mais a demanda
por engenheiro de transportes.
A carência de mão-de-obra
qualificada na área já é sentida.
Segundo pesquisa da CNI
(Confederação Nacional da Indústria), 69% dos empresários
do ramo de veículos enfrentam
dificuldades para contratar.
A falta de profissionais habilitados no setor tem feito com
que as empresas invistam cada
vez mais na formação dos próprios empregados e se aliem
às faculdades de engenharia.
A General Motors, por exemplo, associou-se a empresas de
tecnologia e criou o Pace (sigla
em inglês de Parceiros para o
Avanço da Educação Colaborativa em Engenharia), presente
em 36 universidades do globo.
Por meio do programa, universitários de vários países
atuam conjuntamente no desenvolvimento de projetos. Para isso, contam com os mesmos
softwares usados na indústria.
O estudante da Poli-USP (Escola Politécnica) -única instituição participante do Pace na
América Latina- Caio Vinícius
Cavalcante Dimov, 21, foi um
dos beneficiários do programa.
Ele já viajou duas vezes aos Estados Unidos para apresentar
trabalhos desenvolvidos com
os colegas estrangeiros.
Além de se dedicar ao Pace,
Dimov investe no aprendizado
de línguas: estudou alemão e
inglês e hoje aprende espanhol.
Não é à toa, ambiciona se destacar no cenário internacional.
Estrada para o exterior
A carreira de engenheiro no
setor de transportes caminha
em velocidade máxima em parte graças ao cenário no exterior.
"Além de suprir a demanda
interna, as montadoras brasileiras passaram a desenvolver
[aqui] veículos para outros países", aponta o professor da
Poli-USP Marcelo Leal Alves.
A importância de amenizar o
aquecimento global também
faz necessário o desenvolvimento, nas maiores cidades
brasileiras, de sistemas de
transporte público eficientes.
Para Joubert Flores, 52, diretor da Metrô Rio, a Copa de
2014 no Brasil esquentará ainda mais o mercado. "Haverá,
por exemplo, a necessidade de
criar linhas que atendam aos
aeroportos", justifica.
(JOÃO FELLET)
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