São Paulo, domingo, 03 de fevereiro de 2008

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Cooperativas se unem para fabricar renda e esperança

IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Muitas vezes um projeto social precisa apenas do empurrão de um parceiro de grande porte para mostrar a que veio.
Foi assim com a Fábrica Social, união de três cooperativas de Belo Horizonte que recebeu o apoio da Santa Casa da capital mineira para dar início ao projeto de geração de trabalho e renda para 60 costureiras da periferia da cidade.
O hospital trocou seus tradicionais fornecedores de roupas de cama e vestimentas médi-cas pela produção da entidade. A confecção de uniformes, fronhas, lençóis e campos cirúrgicos (peças que vestem o paciente durante a operação), entre outros, passa por controle de qualidade rigoroso e tem custo equivalente ao de mercado.
A Fábrica Social é formada pela Conarte (Cooperativa de Arte e Confecção do Barreiro), pelo Ateliê de Arte da Serra e pela Asmare (associação dos catadores de papel e material reciclável de Belo Horizonte).
Cada costureira recebe em média R$ 600 reais por mês, valor que ajuda a complementar a renda de mulheres como a pensionista Creuza Regina da Silva, 59. "Funciona como uma terapia também", acrescenta.
Atualmente, estão sendo feitas negociações com construtoras para que a entidade produza os uniformes dos operários. A Fábrica Social também conta com o apoio da Caixa Econômica Federal e da Santista Têxtil.
"Para muitas empresas que podem participar de ações como essa, falta um pouco de boa vontade de acreditar nas pessoas que estão fora do mercado de trabalho", critica César Lima, diretor da Santa Casa.


NA INTERNET -
www.santacasabh.org.br e www.moradiaecidadania.org.br



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