COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O sociólogo Fernando Alves, 46, começou a formatar a Rede Cidadã, em 2001, com a idéia de que o desafio de gerar renda e trabalho para a população jovem só poderia ser vencido com a sinergia entre poder público, empresas e terceiro setor.
"O governo não tem condições de resolver esse tema sozinho", comenta Alves, com a experiência de quem trabalhou tanto na iniciativa privada quanto na área governamental -foi secretário dos direitos de cidadania em Belo Horizonte, onde fica a sede do projeto.
Entre as ações da Rede Cidadã está o mapeamento das oportunidades de contratação para jovens de 18 a 30 anos, das competências exigidas e de ONGs (organizações não-governamentais) com foco neles. Em seguida, é feita a articulação dessas informações e a capacitação dos jovens participantes para ocuparem as vagas. A condição para integrar o projeto é pertencer a uma família que receba menos de meio salário mínimo por pessoa.
A rede de colaboração entre empresas, ONGs e projetos de política pública afirma ser responsável pela colocação de 3.190 jovens no mercado. A meta é que em três anos outros 6.000 consigam obter trabalho.
Com apoio da Fundação Vale, o projeto está presente nas cidades mineiras de Betim, Contagem, Sabará, Brumadinho, Governador Valadares e Congonhas do Campo e em Cariacica, no Espírito Santo. Desde setembro, outro braço da rede atua em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, em parceria com a consultoria Accenture. (IG)