São Paulo, domingo, 03 de junho de 2007

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recursos humanos

Estratégia lúdica ajuda a desenvolver habilidades

Jogo de tabuleiro molda treinamento de funcionários

LAURA FOLGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Grupos de pessoas reúnem-se em volta de uma mesa. No centro dela, um tabuleiro é alvo de interesse dos participantes do jogo. Apenas um deles será declarado vencedor.
A cena, comum em ambientes informais, acontece no trabalho. Usados por departamentos de RH, os jogos corporativos vêm se tornando freqüentes no mundo dos negócios.
Diversão existe, mas o intuito dessas ferramentas é outro. "Muitas empresas [que adotam esses recursos] os usam para desenvolver habilidades do funcionário", conta a consultora em gestão de pessoas Maria Rita Gramigna.
As funções não param aí. Estimular espírito de equipe e oferecer dados sobre processos produtivos da firma também são objetivos -que podem ser alcançados por tabuleiros, dominós, quebra-cabeças, colagens e simuladores virtuais.
Para que eles sejam eficazes, contudo, o professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) Antonio Carlos Sauaia recomenda a presença de uma espécie de "capitão", um coordenador que corrija os rumos da equipe durante o exercício.
"Muitas vezes, as pessoas não se conhecem e não têm ao seu lado um tutor que observe o processo de aprendizagem."

Novo formato
As salas de aula não foram abandonadas. Desde 2005, porém, a Companhia Vale do Rio Doce aplica também jogos corporativos para capacitar seus colaboradores.
A iniciativa, diz a coordenadora de inovação em educação da empresa Ana Cláudia Freire, foi uma forma de tornar o aprendizado mais atraente.
"[Os conteúdos] são técnicos. O treinamento tradicional poderia ficar enfadonho", explica. Na empresa Medley, os jogos, utilizados desde 2000, integram um programa que inclui palestras com gestores.
"A vantagem do tabuleiro é transformar o que parece técnico em algo simples", diz Ângela Cristina Agoston, gerente de desenvolvimento de RH.
Para Maria Rita Gramigna, o caráter lúdico e a simulação da realidade são as características que fazem o jogo funcionar.
"As pessoas se fantasiam, fazem colagem", diz, acrescentando haver nas práticas "competição espontânea, que reproduz o ambiente empresarial".


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