São Paulo, domingo, 04 de junho de 2006 |
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LÍNGUA ESTRANGEIRA Outro idioma é o que menos conta
Nas multinacionais, no entanto, o inglês é importante para 99%, e o espanhol, para 67%
RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Dominar idiomas, em geral, é a habilidade que menos conta na hora de selecionar um candidato ao primeiro emprego, entre os 12 aspectos pesquisados pelo Datafolha. Para 57% das empresas, o quesito é pouco ou nada importante na estréia no mercado de trabalho. Nas multinacionais, porém, a história é outra: 75% dos selecionadores dão ao domínio de outro idioma importância elevada ou mediana. No universo das companhias que disseram valorizar línguas estrangeiras, 71% afirmam que um candidato sem experiência profissional deve dominar o inglês. O espanhol é citado por 42%, o português, por 23%, e o alemão, por apenas 1%. Quando tomadas somente as respostas das multinacionais, a porcentagem dos que valorizam o inglês pula para 99% -o espanhol vem em segundo lugar, com 67% das citações. O essencial é compreender que não basta ter estudado: demonstrar fluência, de acordo com a pesquisa, é o segundo aspecto mais valorizado, ficando atrás apenas dos certificados de proficiência, que, no fundo, medem a própria fluência. "Muitos candidatos não dão importância para isso, mas é preciso destacar essa peculiaridade já no currículo: fluência é um diferencial", aconselha Renata Perrone, consultora de planos de carreira da Manager. Vivência Segundo Ligia Velozo Crispino, diretora da Companhia de Idiomas, os jovens de 14 a 18 anos, hoje, já falam inglês e espanhol e estão se preparando para aprender uma terceira língua. Os que estão na faixa dos 20 aos 25 anos e buscam uma vaga de estágio, trainee ou a primeira efetivação têm ótimo nível lingüístico em inglês. "Os grandes finalistas nesses concursos com certeza já estudaram ou tiveram alguma experiência no exterior", afirma. A escola elaborou testes de inglês para selecionar trainees de uma grande empresa. Entre 800 candidatos, 6 dos 7 finalistas já tinham morado no exterior. "Isso, sim, é diferencial, mostra maturidade", diz a consultora organizacional Madalena Carvalho. Ela aconselha os profissionais a redigirem o currículo também em inglês, para mostrar domínio da língua. Apesar de ter recebido grande peso na pesquisa, o certificado de proficiência é encarado por setores do mercado como acessório. "São importantes para processos seletivos em algumas universidades, mas não são garantia de que a pessoa domine a língua. Num recrutamento de empresa, haverá, de qualquer maneira, teste oral e escrito", afirma Ligia Crispino. Para quem prefere apostar no "certo" a confiar no "duvidoso", o exame FCE (First Certificate in English), da universidade de Cambridge, considerado mais rigoroso, está tomando o lugar do Ielts no Brasil. Aplicado pela Cultura Inglesa, custa R$ 324 e é aceito em várias universidades estrangeiras, sobretudo na Inglaterra, mas também nos EUA, na Austrália, na Nova Zelândia e no Canadá. Para o espanhol, há o Dele (Diplomas de Español como Lengua Extranjera), aplicado no Brasil pelo Instituto Cervantes. Custa R$ 94 (nível básico), R$ 127 (nível intermediário) e R$ 168 (nível avançado). Texto Anterior: Aprendiz é última cartada de Lula para alcançar meta Próximo Texto: Imersão abre caminho para fluência Índice |
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