Time preparado ajuda gestor a se desligar do trabalho no período

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para sair de férias e descansar, é necessário tirar o trabalho da cabeça. Mas o profissional terá dificuldade para relaxar se não estiver certo de que os projetos e os clientes estarão bem atendidos pela equipe.
Para isso, é preciso planejar quem vai repor as funções e em que patamar estarão os projetos prioritários na ausência, além de definir quem tomará decisões emergenciais, recomenda Regina Camargo, sócia-diretora da consultoria Across.
Rodrigo Pimenta, vice-presidente da Madis Rodbel, indústria que fabrica equipamentos como relógios de ponto, faz esse planejamento.
Segundo ele, o descanso é programado para respeitar o cronograma da empresa. Quando sai de férias, divide suas atribuições entre os diretores comercial e financeiro.
Ele procura descentralizar algumas funções, facilitando a sua substituição durante os dez dias em que fica fora por ano.
Do lado oposto está Maurício Catelli, sócio da CAS Tecnologia, de engenharia de sistemas, e da Imper, que faz assessoria imobiliária.
Dividindo-se entre as duas empresas, ele reconhece que as últimas férias em que realmente descansou foram durante a sua lua de mel.
No ano passado, Catelli tirou dez dias, mas não parou de ler e-mail. "Estou me programando para descansar mais. É uma questão de saúde familiar."
Seu problema, afirma, é a falta de equipe preparada. Ele comemora que, agora, o time da CAS já está mais bem treinado. Falta aprimorar a estrutura na imobiliária. "Está mais ou menos no mesmo caminho."
Nesse meio-tempo, Catelli pratica acrobacias aéreas nos fins de semana, com o objetivo de se desligar do trabalho.

Leis
Além de planejarem suas próprias férias, gestores devem ficar atentos às regras sobre férias na lei trabalhista, afirma a advogada Eliane Ribeiro Gago, já que alguns detalhes podem gerar processos para a empresa. (AL)


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