São Paulo, domingo, 5 de abril de 1998

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Trabalho dura de 2ª a 4ª-feira

da Reportagem Local

Jussara Mangini, 28, viveu o período profissional mais curto de sua carreira em janeiro do ano passado. Foram apenas três dias em uma empresa de comunicação de São Paulo, cujo nome ela prefere não revelar.
Ao receber o convite para trabalhar na tal empresa, Jussara não teve dúvidas. Largou imediatamente o antigo emprego, embora não fosse receber nenhuma compensação salarial.
A vantagem estava no fato de que o novo trabalho era bem mais perto de sua casa, o que facilitaria a sua rotina doméstica.
Jussara, então, começou a trabalhar na empresa, que exigia o seu início imediato, numa segunda-feira pela manhã.
No final da tarde de uma quarta-feira da mesma semana, foi avisada de sua demissão.
A empresa, segundo Jussara, alegou um erro ao contratá-la. "A vaga que eu estava ocupando não deveria ter sido aberta", afirma. Segundo ela, a empresa errou por "falta de organização".
"Se não tinham planos definidos para o departamento, não poderiam ter se precipitado."
Jussara diz que questionou muito o seu trabalho depois que foi demitida. Ficou dias pensando quais teriam sido seus erros e que deveria, a partir daquele momento, aceitar qualquer trabalho.
"Esse tipo de experiência acaba com a auto-estima de qualquer um." Jussara diz que demorou cerca de dois meses para se empregar novamente.



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