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Trabalho dura de 2ª a 4ª-feira
da Reportagem Local
Jussara Mangini, 28, viveu o período profissional mais curto de
sua carreira em janeiro do ano
passado. Foram apenas três dias
em uma empresa de comunicação
de São Paulo, cujo nome ela prefere não revelar.
Ao receber o convite para trabalhar na tal empresa, Jussara não
teve dúvidas. Largou imediatamente o antigo emprego, embora
não fosse receber nenhuma compensação salarial.
A vantagem estava no fato de
que o novo trabalho era bem mais
perto de sua casa, o que facilitaria
a sua rotina doméstica.
Jussara, então, começou a trabalhar na empresa, que exigia o seu
início imediato, numa segunda-feira pela manhã.
No final da tarde de uma quarta-feira da mesma semana, foi avisada de sua demissão.
A empresa, segundo Jussara,
alegou um erro ao contratá-la. "A
vaga que eu estava ocupando não
deveria ter sido aberta", afirma.
Segundo ela, a empresa errou por
"falta de organização".
"Se não tinham planos definidos
para o departamento, não poderiam ter se precipitado."
Jussara diz que questionou muito o seu trabalho depois que foi
demitida. Ficou dias pensando
quais teriam sido seus erros e que
deveria, a partir daquele momento, aceitar qualquer trabalho.
"Esse tipo de experiência acaba
com a auto-estima de qualquer
um." Jussara diz que demorou
cerca de dois meses para se empregar novamente.
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